𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐉𝐎𝐀𝐂𝐎 e Esther se odiavam quando eram crianças
ou
𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 E Joaco se reencontram após seis anos.
•ᴊᴏᴀǫᴜɪɴ ᴘɪǫᴜᴇʀᴇᴢ x ғᴇᴍ!ᴏᴄ
•ᴄᴏɴᴛᴇúᴅᴏ +18
•ᴘᴏᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴇʀ ɢᴀᴛɪʟʜᴏs
•ᴇɴᴇᴍɪᴇs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs
LIVRO 1 DA TRILOGIA PALMEIRAS.
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ᴇsᴛʜᴇʀ ᴍᴀʀᴛɪɴᴇᴢ 25 anos | 26 de dezembro de 2023 MONTEVIDEU, URUGUAI
Calma Esther, você não vai surtar.
Ontem foi um dia ótimo, fazia tempo que não tinha um Natal assim, já que passo ou sozinha ou em baladas desde que fui embora, é bom, mas nada como ficar em família, sabe?
Não falei com Piquerez depois do que aconteceu, mas não foi porque o evitei, juro. Foi falta de tempo mesmo. Dia vinte e cinco conseguiu ser mais corrido que dia vinte e quatro. Nem o vi depois do almoço, acho que ele foi para uma festa com a irmã dele, não sei.
E nem me importo claro.
A questão é que não consegui tira-lo da minha cabeça em momento algum, praticamente ainda consigo sentir o calor de seu corpo contra o meu.
Só de lembrar já me sinto arrepiar novamente. Não sei se de frio ou por isso.
Sentada na escada da piscina agito minhas pernas na água, a intenção de vir nadar um pouco era relaxar, mas agora estou mais tensa ainda.
Tô com muito frio mas também não quero me movimentar e nem sair. Devo estar a mais de três horas aqui, já está bem escuro.
Dou um pulinho de susto quando Berlin, o cachorro da família, se aproxima de mim. De primeira achei que ele queria pular na piscina, mas não, ele apenas se deita ali no chão molhado, perto da borda.
Com receio aproximo a mão de seu pelo, quando vejo que ele não vai me atacar eu continuo fazendo carinho. Ficamos ali por longos minutos, meu corpo tá congelando, mal consigo me mexer de tanto frio e sei que meus lábios estão roxos e minhas pernas estão escolhidas ali na escada.
Deveria sair, mas não quero ir para o quarto, estava me sentindo presa lá, como se estivesse prestes a surtar, precisava me ocupar de alguma maneira.
Apenas paro de acariciar o cachorro quando ele se levanta bruscamente e vai correndo em direção a porta da casa, meu coração se acelera pelo susto.
Obviamente me viro para ver o que diabos tem ali, me arrependo na hora. Achei que aqui estria em paz e ficaria sozinha, mas parece que a pior pessoa possível me achou.
—Qué haces aquí? — O jogador caminha até mim e arregala os olhos quando me vê mais claramente — Porra, Esther, estás bien?
Se agacha para ficar mais perto, parece preocupado.
—Sim, claro. Estou bem, relaxa. — Me levanto tremula e com esforço saio da piscina, minhas pernas estão bambas e parecem que vão falhar a qualquer momento.
Ele parece perceber isso, pois vai até a cadeira ali próxima, pega um toalha e passa sobre meus ombros. Piquerez não me solta, continua com o braço em volta o meu corpo.
