𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐉𝐎𝐀𝐂𝐎 e Esther se odiavam quando eram crianças
ou
𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐇𝐄𝐑 E Joaco se reencontram após seis anos.
•ᴊᴏᴀǫᴜɪɴ ᴘɪǫᴜᴇʀᴇᴢ x ғᴇᴍ!ᴏᴄ
•ᴄᴏɴᴛᴇúᴅᴏ +18
•ᴘᴏᴅᴇ ᴄᴏɴᴛᴇʀ ɢᴀᴛɪʟʜᴏs
•ᴇɴᴇᴍɪᴇs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs
LIVRO 1 DA TRILOGIA PALMEIRAS.
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ᴇsᴛʜᴇʀ ᴍᴀʀᴛɪɴᴇᴢ 20 de fevereiro de 2024 SÃO PAULO, BRASIL
Aperto a campainha após dez minutos parada na porta do lado de fora. Não sei como vou falar para ele.
— Dios, necesito urgentemente darte una copia de la chave. — Diz assim que abre a porta, me puxando para um breve beijo. — Todo bien? Estás com una cara estranha. — Franze o cenho e me deixa entrar.
— Que cheiro bom, tá cozinhando? — Desvio o assunto e ele nem parece perceber que fugi do papo, já que começou a falar o que estava preparando.
— Si, estrogonofe de frango. — Sorri orgulhoso e me faz sorrir também. — Já está quase pronto, mi amor. — Me puxa novamente para um beijo, agora um de verdade.
Nossa, vou sentir saudades dele.
Eu ajudo ele a arrumar a mesa e minha boca água quando vejo a panela. tô morta de fome.
— Estava bueno? — Pergunta após nos comermos e deixarmos os pratos na pia.
— Sim, muito bom. — Digo com sinceridade e caímos em um silêncio confortável que eu tinha que estragar. — Volto para a Califórnia dia vinte e dois. — Digo rápido, tudo de uma vez só.
Temos um longo momento de silêncio e então ouço um longo suspiro vindo dele.
— Vais embora de nuevo? — O tom ríspido de sua voz me machuca um pouco.
— Não estou indo embora, Joaquín, é lá que eu moro. — Minha voz falha um pouco.
— Pensé que estavas buscando un apartamento aqui. — Respira fundo.
— Eu te disse que não ia ficar. — Lavo minhas mãos — É um trabalho importante.
— Tú disse que tinha tirado una folga del trabalho este mês. — Passa a mão pelo cabelo — Estas doente Esther, tienes que priorizar tu saúde!
Por que ele gosta tanto de jogar na minha cara que eu estou doente?
Eu sei que eu disse que não ia trabalhar, mas essa marca ter me chamado meio que me mostrou que minha carreira não está acabando ou tenha acabado como algumas pessoas dizem na internet. Eles pensaram em um bom marketing, tipo um comeback, já que eu sumi das redes e o meu último desfile foi péssimo, já que eu estava com uma cara péssima e isso não passou despercebido das críticas.
— Eu me sinto ótima! — Digo em relação a ele dizer que eu estou doente. — São apenas algumas fotos, não vou ficar lá para sempre. — Ele parece um pouco menos nervoso após eu dizer isso.
— Quando voltará? — O biquinho que se forma em seus lábios me faz querer rir.
— O mais rápido possível. — Caminho até ele e pouso minha mão em seu braço — Assim que eu terminar tudo lá.
Não estou mentindo. Esse trabalho me deu um ânimo que há muito tempo não tinha, mas a ideia de ficar longe dele não me agrada nem um pouco.
Credo, tô falando igual gente apaixonada.
— No vais sumir, né? — Pergunta e eu nego com a cabeça — Nem tirar fotos pelada, né? — Isso me faz querer gargalhar, mas eu seguro.
— Eu não te falei? São umas fotos para a Playboy. — Falo e ele arregala tanto os olhos que parece que vão pular para fora. — Eu to brincando, bobão. — Cai na risada — Mas qual seria o problema se fosse mesmo? — Provoco mais um pouco.
— El problema es que no quiero que vejam lo que es mío. — Me puxa para perto.
— E quem disse que eu sou sua? — Levanto as sobrancelhas.
— Yo disse, mi princesita. — Me rouba um selinho — Volte rápido, está bien?
Ele parece realmente com medo de eu ficar lá de vez, o que faz eu me sentir culpada.
— Eu prometo que sim. — Meus braços vão parar ao redor de seu pescoço — Te amo, tá? — Posso ver o brilho surgir em seu olhar ao escutar minhas palavras.
Não voltamos a falar isso desde a primeira vez, no dia seguinte tudo seguiu normalmente, como se não tivéssemos dito nada. Acho que ele não falou por não querer ir rápido de mais e me assustar.
Mas agora saiu tão natural que parece que falo isso sempre.
— Yo tambien te amo. — Afunda seu rosto em meu pescoço em um abraço — Vais me ligar enquanto estiver longe, né?
— Claro que vou, ta achando que vai se livrar de mim tão fácil assim? — Brinco e ele ri.
— Yo comentei contigo? — Pergunta me soltando — Tiene un apartamento no andar de cima desocupado.
Eu já quase não saio da casa dele estando em bairros diferentes, imagina se morássemos no mesmo prédio.
— A gente pode ir lá dar uma olhada depois. — Digo e ele concorda — Vou tomar um banho, tá?
Já me sinto tão em casa aqui que até parece minha casa. Tenho uma parte do guarda-roupa para minhas roupas, minhas maquiagens no banheiro, comidas que eu gosto na geladeira, o catálogo da Netflix com filmes que eu assisto.
Quando volto do banho os pratos já estão lavados e ele está jogado no sofá, não penso nem por um segundo antes de ir lá e me aconchegar em seus braços.
Não sei em que momento virou essa chavinha e isso se tornou tão normal. Há um mês atrás eu jamais aceitaria ficar assim com ele, mas agora… agora eu quero ficar assim o tempo todo.
Estou fazendo meu máximo para ignorar os comentários na internet e a vozinha no fundo da minha cabeça dizendo que eu vou estragar tudo.
Sabe aquela sensação de que tudo está tão certo que parece que vai dar errado? Sinto isso a todo momento.
Um beijinho deixado no topo da minha nuca me tira desses pensamentos e me arranca um pequeno sorriso.
To me sentindo bem como não me sentia há anos. E quem diria que seria Joaquín Piquerez que causaria isso em mim? Um sentimento de paz, medo e adrenalina ao mesmo tempo.
Não sei definir o que é, mas sei que gosto.
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OIEE,
Já peço perdão pelo sumiço e por esse capítulo pequenokkkk
Tô meio que evitando escrever essa fic, já estamos na reta final e eu não quero me despedir...
