𝗦𝗛𝗔𝗠𝗘𝗟𝗘𝗦𝗦, vigian

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Os quatro ainda estavam lá, largados no chão, chorando alto. Bárbara estava agarrada em Victoria, as duas chorando.

Vini não desviava os olhos das duas meninas, apesar de estar chorando,como se estivesse com medo de a qualquer momento alguém aparecer e tirar elas deles.

Gian estava com as mãos no rosto chorando, a culpa era dele, se ele não tivesse feito birra e tivesse voltado pra casa nada disso teria acontecido.

Victoria estava traumatizada, sua cabeça doía devido ao arranhado, seu corpo estava fraco, ela estava nervosa.

— Vivi? — Babim perguntou com a voz trêmula, sentindo as mãos da garota fraquejarem no abraço.

Pela primeira vez desde que socou a parede, Gian levantou a cabeça preocupado. Victoria queria gritar, um nó se formava em sua garanta desesperado.

Ela estava tonta, não estava se sentindo bem, estava apavorada demais.

— Victoria! — Gian chamou ela, segurando seu rosto. — Passou, estamos bem agora!

A garota puxou Gian com força e o abraçou, segurando sua blusa, que abafou o grito alto que ela acabou de soltar. Victoria chorou alto e com vontade, agarrando o moreno com força.

Babim colocou as mãos na boca, Vini a abraçando por trás, os dois soluçando juntos.

— Eu pensei... eu pensei que você iria morrer de verdade, Gian, que eu... iria morrer...— Vivi disse, mas Gian a interrompeu.

— Estamos bem, os quatro. — Gian sussurrou, chorando baixo.

— Gente, precisamos ir pra casa... — Vini disse, agarrando Bárbara.

Gian assentiu se levantando, estendendo a mão pra Vivi, que segurou e com a ajuda dele se estabilizou. Bárbara foi se levantar mas perdeu as forças nas pernas e acabou fraquejando.

— Bárbara! — Victoria juntou todas as forças que tinha pra gritar pela loira, que se sentou no chão e chorou.

Vini se ajoelhou e abraçou Babim, que se debateu por um instante mas logo cedeu. Eles haviam passado por um desespero grande.

Gian foi até a irmã que soltou Vini e a abraçou, sentindo as lágrimas molharem sua camisa.

Vini foi até Victoria e prendeu ela em seus braços, como se a qualquer momento ela fosse correr de lá.

Victoria ainda sentia a cabeça doer devido ao arranhado da arma, mas nada se comparava com o desespero que ela sentiu hoje.

Gian se levantou e segurou Bárbara que logo se pôs de pé, os quatro começaram a caminhar juntos, em direção a casa deles.

— Estamos na merda, mas pelo menos estamos juntos... — Gian disse e suspirou.

Andaram bastante, afinal, de carro era umas meia hora até sua casa, mas eles estavam a pe. Assim que chegaram tocaram a campainha.

— Ai meu deus! — Luana disse com lágrimas nos olhos, puxando os quatro abraçando eles.

— O que houve, Lu? — Fernando perguntou arregalando os olhos.

Logo os seis já estavam se abraçando em conjunto e os adolescentes explicando a situação. Horas se passaram, deveriam ser uma duas horas da manhã.

Victoria estava agoniada, seu quarto estava escuro e ela estava com medo, muito medo. Estava com medo de tudo, de Gustavo, de ter uma arma em sua cabeça e de Gian sumir novamente.

Sentiu a sensação de algo ser colocado contra sua cabeça e apenas se sentou, gritando alto, tão alto que sua garganta doeu. Gritou e chorou com força.

Estavam apontando uma arma pra cabeça dela de novo, como hoje mais cedo.

Logo a porta do quarto foi aberta com pressa e a luz acesa, a garota estava ofegante de olhos fechados, chorando.

Os braços de Gian rodearam a cintura de Victoria, a abraçando, mas ela se debateu rápido. Logo os moradores da casa começaram a aparecer na porta.

— Calma, sou eu! — Gian disse e ela cedeu, chorando baixo. — Não tem ninguém aqui, marrenta, somos eu e você.

Fernando e Luana se encararam preocupados e Babim coçou os olhos, com Vini atrás dela.

— Tem alguém, Gian... — Vivi disse com a voz trêmula.

— Não tem ninguém, Victoria. — Gian sussurrou, beijando sua cabeça. — Não deveria ter te deixado dormir sozinha.

Vivi se jogou novamente na cama, que estava molhada de suor, Gian deitou ao seu lado.

— Ele vai ficar com ela. — Bárbara disse pros dois adultos, enquanto fechavam a porta.

— Como Vini disse, as emoções de hoje foram grandes, marrenta. — Gian sussurrou no ouvido dela.

Vivi assentiu, se sentindo segura agora, Gian estava lá com ela.

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