ELA DESCOBRIU... | 03

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Quatro meses antes do assalto
Aurora | Paris

Depois que eu limpei a bagunça que Denver tinha feito ontem, eu apaguei e só acordei hoje um hora antes da hora que teríamos a aula.

Quando eu me levanto, eu arrumo a minha cama, separo uma roupa, e vou escovar os dentes e tomar o meu banho.

Depois de quase quarenta minutos, eu vou até a nossa espécie de "sala de aula". Eu estava dez minutos adiantada.

— Caiu da cama, Paris? — Berlim pergunta.

— Foi. — Eu falo e ele dá uma risada. — Queria ter conseguido dormir mais. — Eu falo enquanto apoio minha cabeça na mesa.

— Está ansiosa para alguma coisa? — Berlim se vira para mim, enquanto apoia os braços na minha cadeira.

— Na verdade sim, com o assalto. — Eu falo e ele me olha interessado.

— Não tem porquê. O plano do professor está ótimo.. Iremos sair bilionários dessa. — Ele fala tentando me confortar.

— É.. Eu espero. Na pior das hipóteses o máximo que vai acontecer é eu fi- — Quando eu iria falar, eu olho para a porta e vejo Denver encarando Berlim e eu conversando. — Eu ficar igual um queijo suíço. — Eu apenas tento ignorar a presença de Denver no ambiente.

Berlim ri de minha fala. — Seria um desperdício, com todo respeito mas, você é muito bonita para ficar toda cheia de buraco. — Berlim fala.

Berlim é um velho atraente, velho porquê novinho ele não é. Mas, ele não é nada mau. Eu ficaria com ele sem nem pensar duas vezes. As vezes, nem é pelo dinheiro..

— O mesmo serve para você. — Eu falo sorrindo.

Eu me levanto para ir até o banheiro, e quando eu estava indo até um dos banheiros, sinto uma mão de homem me puxar para dentro.

— O que tá rolando entre você e o Berlim? — Denver pergunta.

— Que porra é essa? Por que você me puxou? — Eu falo tentando abrir a porta que ele tinha trancado.

— Tá rolando alguma coisa entre você e Berlim? — Denver pergunta.

— Não é da sua conta. — Eu falo e finalmente consigo abrir a porta.

Esse garoto só pode ser maluco, implica comigo o dia inteiro, e ainda quer saber da minha vida amorosa?

Logo, vou até o banheiro, e quando volto para a sala de aula, a aula já tinha começado.

*•*

— Nós não poderemos machucar nenhum refém, nem policial. Pois a partir do momento que tiver uma gota de sangue, nós deixaremos de ser os Robin Hood pra sermos apenas um bando de filhos da puta com máscaras. — Professor diz enquanto se apoia na mesa.

— Mas.. No plano perfeito, é morrer ou matar. Então você está dizendo que caso a polícia invada, nós deveremos levar tiro e não dar tiro? — Denver diz olhando para professor.

— Não é isso, Denver. Nós deveremos tomar cuidado para não machucarmos um inocente, mas em caso de vida ou morte, é do instinto humano, que nós iremos fazer de tudo para nos salvarmos. — Professor diz enquanto vai até o quadro.

Ele escreve "Tempo = dinheiro" no quadro.

— Se tem uma frase que irá definir o assalto, será essa! Tempo igual a dinheiro. Nós sempre deveremos tentar ganhar tempo, porquê enquanto isso notas irão estar sendo feitas. — Professor diz calmamente.

— E o que nós iremos fazer caso nós levássemos um tiro? — Agora é Rio quem pergunta.

•*•

O professor deu praticamente uma aula de uma faculdade de medicina, ensinando o que nós deveríamos fazer caso levássemos um tiro.

Até que estávamos fazendo a parte teórica, onde alguém se voluntária para que outra pessoa desenhasse no corpo as partes importantes.

Agora, Tóquio estava desenhando no Rio.

— Vai logo aí, daqui a pouco o meu pau começa a ficar igual o pau do Helsinki. — Rio diz rindo, e eu não seguro a risada.

— Ei! O que tem o meu dingolingo? — Helsinki responde Rio. — Você quer ver o meu dingolingo? — E nesse momento todos nós já estávamos rindo da palhaçada dos dois.

— Eu não, obrigado. — Rio responde.

— Pronto, acabei. — Tóquio diz enquanto tampa as canetinhas.

— Quem pode ser agora? — Professor pergunta.

— Alguém quer ir? Você quer ir? — Eu pergunto a Moscou. — Não? Ótimo! Então vou eu. — Eu falo e tiro a minha blusa, e me deito na mesa.

— Uau. — Berlim diz, e eu dou uma risada.

Quem iria desenhar em mim, seria Nairóbi.

Estava tudo caminhando bem, até que Nairóbi vê a cicatriz da cesárea.

— O que? — Nairóbi diz baixinho, e ela iria afastar o meu short para conseguir ver.

Mas quando ela colocou a mão no cos do meu short, eu dei um tapa em sua mão.

— Você tá louca, porra? — Eu falo e me levanto rapidamente.

— O que aconteceu? — Professor pergunta.

— Essa lésbica aí, querendo ver mais do que deve! — Eu falo enquanto cruzo os braços.

— E você ficou arrepiadinha até lá em baixo. — Nairóbi diz debochando.

Eu não me seguro e vou para cima dela. Berlim me segura, e Professor segura ela.

— Acalmem os ânimos! — Professor fala.

Eu não digo nada, apenas saio da sala e vou até o meu quarto.

Eu sabia que Nairóbi viu que era uma marca de cesariana. Ela descobriu um dos meus maiores segredos.

Eu tive um filho com quinze anos, por isso fui expulsa de casa.

Desde então, eu vivi de roubos, e olha que eu tenho vinte e cinco anos. Dez anos de crimes, todos os meus grandes assaltos, eram conhecidos como "A misteriosa ladra da noite de crime". Noite de crime, porquê eu usava uma máscara do filme Noite de crime.

Eu sempre fui muito cuidadosa, principalmente por ter pais extremamente super protetores. Então eu cometia todos os crimes perfeitamente.

Menos o último, que Martín me descobriu.

A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e ParisWhere stories live. Discover now