FIM NELA | 11

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Denver e Berlim caminhavam atrás de mim e da refem, até que eu paro.

— Mônica, vai para a parede. — Eu falo e ela fica nervosa. — Eu mandei você ir para a porra da parede. — Eu falo e ela vai.

Algo estava muito esquisito, ela não conseguia mexer as pernas direito, e eu escutei um barulho de notificação.

— Que porra você está fazendo, Paris? — Denver pergunta com uma cara de estressado.

Eu não respondo nada, apenas tiro uma parte do macacão de Mônica, e vejo um celular, na calcinha dela.

— Eu já vi gente que usa vibrador para trabalhar, mas agora, celular na buceta? Essa é nova. — Eu falo, pego o celular e jogo no chão.

— Ela não é a primeira que faz isso, já era de se esperar. — Berlim fala chegando atrás de mim. — Denver, da um fim nela. — Berlim fala sem dar importância.

E, bem, eu também não liguei muito, que se foda ela. Se ela morrer, não fará diferença alguma na minha vida.

Rio estava por perto e escutou isso.

— Você não acha nada? Berlim mandou Denver matar uma refém! — Rio fala como se isso fosse a maior tristeza.

— Eu quero é que todos vão para o inferno, eu não ligo. — Eu falo cruzando os braços, e Rio me olha.

— Você parece que não tem sentimentos. É tão fria com certas coisas. Coração de gelo. — Rio fala e eu dou um suspiro.

— Meu coração não é de gelo, só é blindado. Com o tempo a gente aprende que se tiver coração mole, as pessoas vão pisar em você, cada vez mais. — Eu falo e saio.

Eu estava me entregando muito para Denver, de um jeito.. E ele obviamente não está na mesma vibe que eu.

E o pior de tudo, eu acho que eu amo ele.

Eu escuto disparos, Denver deu um fim da loira. Seria muito ruim se eu agradecesse? Obrigada, Denver, a cara dela me irrita, ou melhor, irritava.

Eu desço até aonde estavam os demais reféns, e eles estavam assustados por conta dos tiros, eu distribuo alguns alimentos.

— Está tudo bem? Ouvimos disparos... A Monica está bem? Mônica Gaztambide. — Arthuro me pergunta.

— Claro, ela está no paraíso. — Eu falo ironicamente.

— Pare com isso, senhora... Eu só quero saber se está tudo bem. — Arthuro diz nervoso.

— Meu anjo, ela está ótima. Agora, para de encher a porra do meu saco. — Eu falo e saio de lá, indo até aonde estava Nairóbi.

Ela estava trabalhando, produzindo milhares de notas de Euros.

Eu entro no elevador, e logo em seguida entra Denver e Rio.

— Rio, você viu o refém loirinho? Que está ajudando o Moscou? — Eu falo me referindo a um playboyzinho qualquer.

— Sim, eu vi. Ele estava transando com a Alisson no banheiro, quando a Tóquio chegou. — Ele diz e eu faço cara de nojo.

— Eca. Então nem vou falar o que eu estava com vontade.. — Eu falo e olho para baixo.

— Olha a conversa está ótima, mas eu tenho que ir trabalhar. — Denver fala e tenta abrir a porta do elevador.

No momento que ele tenta abrir a porta, todo o elevador balança.

— Que porra foi essa? — Eu pergunto nervosa.

— Puta merda, Rio. O elevador parou. — Denver fala nervoso. — Tá quebrado a gente vai parar no fundo do poço.

— A gente já está no fundo do poço, Denver. — Eu falo e Denver revira os olhos.

Por que ele está assim comigo?

— Calma, gente. Uma hora volta. — Rio fala e eu me sento no chão.

Depois de literalmente uma hora, Moscou chega para nos ajudar, e nós saímos do elevador.

A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e ParisOnde as histórias ganham vida. Descobre agora