DOMINGO DA RESSURREIÇÃO | 14

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Quarenta e duas horas desde o começo do assalto
Aurora | Paris

Eu estava caminhando pelo andar superior da Casa da Moeda, até que eu escuto a voz de Berlim, e decido ver o que ele estava arrumando.

Ele descobriu que a Mônica Gaztambide, estava viva. Mais viva do que nunca, depois do chá que ela recebeu de Denver.

— Mandei que você a matasse na sexta. — Berlim fala caminho até Denver. — E hoje é domingo. — Ele dá uma risada bem de maluco. — Domingo da ressurreição. — Ele fala abrindo os braços.

Eu caminho até Berlim.

— Olha, a mortinha reviveu. — Eu falo ridicularizando a situação, e Berlim da risada.

Essa mulher me dá nos nervos, essa carinha de sonsa.

Denver aponta a arma para Berlim, e em um rápido movimento eu aponto a arma para ele. Minha relação com Denver não era mais a mesma depois que ele começou a falar com Mônica.

— Ninguém aqui vai fazer nada. — Eu falo. — A refém vem comigo. — Eu puxo mônica pelo braço. — Berlim e Denver, tentem não se matar.

— Aonde você vai com ela? — Denver pergunta e vai atrás de mim.

— Se você der mais um passo, eu atiro. — Eu falo e coloco a arma na barriga dele. — Apenas vou deixar ela com as demais reféns, afinal, ela não tem nada de especial para ficar separada.

Denver não responde nada, e eu apenas puxo Mônica até aonde estavam as refens.

— Eu tenho pernas, não preciso que você fique me puxando. — Mônica fala.

Eu solto o braço dela, e coloco a arma nela. — Não entendi o que você falou. Pode repetir? — Ela fica quieta e balança a cabeça negando.

Eu deixo ela ao lado de todos os demais refens, a minha vontade, era ter jogado ela. Mas não fiz, por conta da criança que está dentro dela.

Denver me encarava com uma cara feia, do tipo "para com isso porra". Mas que se foda! Quem liga para ele?

Depois disso, eu fui até o banheiro. Tirei a parte de cima do meu macacão, ficando só com a blusa, mas estava extremamente quente, então tirei a blusa e fiquei só de sutiã.

— Estou no paraíso, e não fui avisado? — Berlim fala saindo de uma das cabines.

Ele vem até atrás de mim e apoia os braços no meu ombro.

— Está? — Eu pergunto e me sento na pia.

•*•

Enquanto Berlim e eu estávamos transando, adivinhem quem abriu a porta do banheiro? Exatamente, o maior empata foda de toda a casa da moeda.

— Que porra é essa? — Denver grita assim que chega no banheiro.

— Denver, você está atrapalhando. — Berlim fala e eu me levanto, colocando a roupa.

Denver sem mais nem menos, praticamente se joga em cima de Berlim. E os dois começam a sair na porrada, eu estava semi nua com uma briga na minha frente. E o que eu fiz? Coloquei a roupa, e sai do banheiro.

Eles que se fodam.

•*•

— Por que o Denver e o Berlim estavam brigando no banheiro?— Rio pergunta enquanto se senta ao meu lado.

— Eles são malucos. — Eu respondo sem dar a mínima.

— Paris, você tá bem? — Rio pergunta olhando nos meus olhos.

— Não. Nunca estive. — Eu falo e apoio a cabeça nos joelhos, e Rio me abraça.

— Sinto muito. — Ele fala. — Você e Denver tinham um caso, não é? — Ele fala e eu olho para ele balançando a cabeça. — E você viu ele no cofre com a refém, e usou Berlim para fazer ciúmes? — Ele pergunta e eu balanço a cabeça de novo.

— Eu.. Sei lá. Tenho nojo toda vez que eu lembro dele metendo nela dentro do cofre. — Eu respondo.

— Eu falei com ele.. Ele estava confuso. — Rio fala balançando a cabeça.

— Ele é babaca. — Eu falo dando risadas.

Eu me levanto e vou até a sala de controle, já estávamos mais de dez horas sem contato com o Professor.

No meio do caminho, Denver me puxa para uma sala qualquer.

— Você estava fodendo com o Berlim? — Denver fala com o maxilar travado.

— Estava, tava tudo muito bom. Até algum filho da puta entrar e acabar com a minha foda. — Eu falo com ironia.

— Eu errei, eu sei que errei. Me perdoa, por favor. — Denver fala me olhando.

— Eu já tinha que esperar isso mesmo.. Você é homem, é isso que homens fazem. — Eu falo dando de ombros.

— Eu sei que errei, eu te trai.. Eu só te peço isso, uma segunda chance. — Denver estava com os olhos marejando.

— Isso não foi uma traição. Não somos um casal. Você tava com a refém, e eu vi. Te falta um pouco de raciocínio lógico! — Eu falo com um sorriso irônico e ele dá um suspiro. — Por que você está bravo se eu transei com o Berlim? Você é um pau cu.

— Eu gosto de você, de tudo que nós vivemos.. Me desculpa, eu errei. Eu fui um filho da puta. Me deixei levar pelo momento. — Ele fala enquanto chora. — Eu te amo. — Ele tenta se aproximar e eu apenas saio da sala.

A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e ParisWhere stories live. Discover now