ULTIMA PARADA | 19

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Chegamos na nossa última parada, era uma outra casa.

A casa era até que grande, mas parecia cenário de filme de terror. Era toda de madeira, as janelas eram fechadas com um pedaço de madeira pregada, e o portão não queria abrir.

—Ah, que merda de casinha. — Eu falo vendo a casa toda caindo aos pedaços e professor dá risada.

— Gente, olha só, é só dar uma ajeitadinha.. É nosso último dia aqui. — Professor diz tentando abrir o portão.

— E quem é que vai dar uma ajeitadinha? — Tóquio pergunta com ironia.

— Oh Tóquio e Paris, não to entendendo o problema de vocês com a casinha caindo ao pedaços que Professor arrumou. Eu adorei a casa!— Moscou fala.

— É o que pai? Você tá cego? Essa casa vai cair na nossa cabeça, deve ter uns mil espíritos aí dentro. — Denver responde.

— Por favor, gente. — Rio fala. — É assustadora? Muito! Mas cadê o espírito de felicidade de vocês? Estamos ricos! — Rio diz tentando animar a gente um pouco.

— O único espírito que eu estou aqui, são os que estão dentro dessa casa! — Denver fala.

— É isso aí, Rio! — Professor fala.

— Nós somos uma equipe ou não?— Rio pergunta enquanto cruza os braços.

— É! — Denver apoia o amigo.

— Vamos pegar as malas. — Rio fala.

— Vá. — Nairóbi responde.

— Denver, vem comigo. — Rio pede enquanto Denver balança a cabeça. Eles caminham até lá.

— Eu quero ir embora logo, Professor! — Eu falo batendo perna igual criança.

— Se você for hoje, amanhã faz um dia. — Tóquio responde brincando.

— Ih, fica na sua. — Eu respondo dando risada.

Minha amizade com Tóquio funcionava assim, parecia que a gente se odiava, mas na verdade, nos amamos.

— Sossega vocês duas. Dá uma chance para a casa— Helsinki fala.

— Tá todo mundo tranquilo aqui. — Nairóbi responde enquanto se apoia no portão.

Os meninos finalmente chegaram com as bolsas, e Professor tenta novamente abrir o portão, que cai, em cima dele.

— HA EU AVISEI! EU AVISEI! — Eu grito rindo e professor dá risada.

Helsinki dá a mão para ajudar o professor a se levantar.

— Puta que pariu. — Tóquio fala vendo essa cena.

— Meu senhor! — Nairóbi diz enquanto vai entrando.

— Caralho, tem uma piscina gigante aqui dentro! — Denver grita, e eu vou correndo para ver.

— Que nojo! Piscina verde. Deve ter uns mil tipos de doença aí. — Eu falo e coloco meu braço na cintura.

— Por que a água dessa piscina é verde? — Nairóbi pergunta.

— É porque a cor da natureza é verde, né Nai. — Denver fala e eu dou risada.

— Ei, ei, posso entrar na piscina da água verde? — Rio pergunta animado.

— Claro que não. — Eu respondo e o brilho dele some aos poucos. — Só entra se você quiser morrer agora, rápido e prático.

Rio da risada e nós caminhamos até o lado de dentro.

Professor coloca alguns petiscos na mesa, e algumas bebidas. E nós começamos a conversar.

Denver estava bebendo, mas acabou derramando bebida nele inteiro.

— Se fodeu. — Rio fala rindo.

— Meu pau no seu pneu. — Denver revida.

— Começou a infantilidade desses dois. — Tóquio fala e eu dou risada.

— Noiado. — Rio fala e Denver encara ele.

— Meu pau no seu cunhado. — Denver fala e eu dou um tapa nele.

— Para com isso de pau nos outros! — Eu brigo com ele.

— Chata. — Ele fala e eu jogo uma almofada nele.

Ele caminha até o quarto em que iríamos ficar, e eu vou atrás dele.

— To com medo de dormir aqui. — Denver fala e eu dou risada.

— Sério mesmo? Desse tamanho todo, com medo? — Eu falo cruzando os braços.

— Para, amor. — Ele fala e eu dou risada.

No final, eu me deito na cama, e logo em seguida Denver também deita. Iríamos dormir de conchinha.

— Eu quero ser a conchinha menor.— Denver fala e eu me sento.

— Não! A conchinha vai ser eu! — Eu falo enquanto cruzo os braços.

Denver negou e ainda por cima, dormiu de bundinha pra mim! Ai eu me deixo levar e abraço ele.

No meio da noite, eu sinto ele me jogando para fora da cama.

— Denver! Tá louco, porra? — Eu falo e bato nele.

— Desculpa, amor. Eu achei que fosse um espírito. — Ele fala e eu reviro os olhos.

— Ai que idiota.—Eu falo e ele revira os olhos.

— Não quero mais dormir com você! Você transou com o Berlim. — Ele fala, pega a coberta e o travesseiro dele, e se deita no chão.

— E você transou com a Mônica. — Eu falo e ele volta para a cama.

— Me perdoa, amor. Isso nunca mais vai se repetir! Eu te amo mais que tudo. Nunca mais vou trocar a festa por um brigadeiro. — Ele fala e me dá um selinho.

— O certo é trocar a festa por um pedaço de bolo. — Eu falo.

— Qualquer mulher que não seja você, é um nada. Brigadeiro — Ele fala e faz um sinal de pouco na mão. — Festa. — Ele fala e abre os braços.

Eu dou risada e beijo ele.

— Te amo! — Eu falo sorrindo.

— Isso porquê você não me queria mais na sua vida. — Eu dou um tapa nele.

— Mudei de ideia. — Eu falo e ele me beija.

Nós passamos o resto da noite assim, agarradinhos.

A DAMA & O VAGABUNDO | Denver e ParisWhere stories live. Discover now