CAPÍTULO 13 | Madson Willian's

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Thursday | 5:00 p.m.

Foi um erro. A porra do beijo foi a merda de um erro. Se foi realmente um erro, por que ele retribuiu? Por que o coração dele bateu mais forte? Por que ele me puxou para mais perto, como se me beijar fosse a cura dos seus problemas? Por que?

Matthew Stuart, o homem que eu sempre amei, sempre desejei, sempre quis ter por perto, se tornou o homem que eu quero longe de mim, longe da minha vida, longe do meu coração.

Mas essa merda de sentimentos não vão embora, por que essas malditas borboletas continuam aqui quando eu penso no beijo? Quando eu penso nele? Quando eu respiro perto dele? Eu só quero o esquecer, eu só quero deixar ele no passado. Eu deveria ter feito isso a muito tempo.

Eu sabia que me apaixonar por ele me traria problemas, mas eu não liguei, eu não me importei.

Ontem ele me quebrou de várias formas possíveis, mas eu ainda continuo o amando, continuo o querendo.

Continuar amando ele, é um jogo perdido, um jogo sem voltas, um jogo sem aventuras, um jogo onde você já sabe o final.

Amar uma pessoa não deveria doer tanto assim, pelo contrário, deveria ser magnífico, deveria ser uma sensação maravilhosa, mas nem tudo é como esperávamos, não é mesmo?

Para você amar uma pessoa, você tem que ter paciência, sabedoria e saber que, ou esse amor pode se tornar realidade, ou ele pode virar um simples ponto de interrogação.

Amar uma pessoa que nunca foi amada de verdade, exige paciência, exige maturidade, exige esforço.

Mas amar uma pessoa confusa, é como se perder em um labirinto. Você não sabe como achar a saída. E nessa de tentar desvendar o caminho de volta, você acaba se perdendo mais ainda. Pessoas confusas machucam pessoas intensas. Amar pessoas confusas, é como dar uma arma engatilhada apontada diretamente para o seu coração.

Pessoas confusas perdem pessoas incríveis, tudo isso, por causa da confusão que é dentro de sua cabeça. Tudo isso por causa da sua indecisão. Se você for uma pessoa confusa, peço que não entre em minha vida. Eu quero pessoas que saibam o que querem e o que desejam, não uma que fica indecisa entre duas escolhas.


Ouço o barulho da campanhia, mas não me importo. Eu só quero continuar aqui, quieta, e com os meus pensamentos. Mas logo mudo de idéia, quando começam a apertar incansavelmente a campainha e o barulho irritante invadir os meus ouvidos.

Saio do meu quarto em passos lentos, sem pressa para chegar ao meu destino.

Quando chego enfrente a porta do meu apartamento, tomo coragem e a abro, me deparando com o motivo da minha dor e dos meus choros na noite anterior.

– Será que podemos conversar? – ele pergunta olhando para os seus pés.

– Não temos nada para conversar. Por favor vá embora – tento fechar a porta, mas essa tentativa é em vão, já que Matthew coloca a mão na frente.

– Eu não vou sair daqui e muito menos deixar você fechar essa porta sem antes conversamos.

– Tanto faz – falo me virando de costas para ele e indo em direção ao meu sofá.

Correr ou Morrer Where stories live. Discover now