CAPÍTULO 26| Maya Stuart

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Los Angeles| 11:00 a.m

Sabe a sensação de sentir a morte de perto? Eu senti isso ontem. Eu realmente pensei que iria morrer ali, naquele parque. Um lugar alegre, tranquilo, divertido e cheio de humor, se transformou em um lugar sombrio, pavoroso, e extremamente medonho.

Pensei que nunca mais iria ver nenhuma das meninas ou dos meninos na minha vida. Quando as luzes do parque se ascenderam, a primeira coisa que fiz foi sair de dentro dos assentos da roda gigante e ficar ali, chorando, pensando no que poderia ter acontecido.

Eu estava desolada, meus pensamentos só vinham coisas tenebrosas e assustadoras. Mas, quando eu vi Sana, Maddie e Mia vindo apavoradas em minha direção, eu senti um pouco de alívio. Alívio por elas estarem bem, ou pelo menos vivas.

No começo elas não sabiam falar ou expressar nada, apenas choravam, choravam e choravam, sem parar. Foi difícil acalma-lás, mas quando consegui, a primeira coisa que elas me falaram foi: "Estamos sendo caçadas"

Confesso que eu não entendo o porque de tamanha obsessão por mim e pelas meninas. Todos com uma sã consciência, nunca, jamais, em hipótese alguma, chegaria perto de qualquer uma de nós cinco. Os meninos já deixaram claro a obsessão e o que são capazes de fazer por nós.

Por incrível que pareça, Matthew foi o único que pareceu ficar mais calmo com toda essa situação que aconteceu. Nem mesmo na hora de nos encontrar ele pareceu ter algum tipo de medo ou preocupação com os demais. Ele simplesmente estava calmo, calmo até demais.

Diferente do Tej, Roman e Davi. Os mesmos vieram até nós com sangue e ódio nos olhos e, diferente de Matthew, eles demonstraram preocupação conosco e, a primeira coisa que fizeram quando nos viram foi nos dar um abraço apertado e pedir várias e várias vezes desculpa.

Mas Sana estava cega pelo ódio, que nem sequer aceitou o abraço ou pedido de desculpas dos mesmos. Ela simplesmente resolveu ignora-los, fingindo que eles não existiam.

Eu fiquei bastante preocupada, já que tinham se passado minutos, e o Thomas tinha sido o único que não tinha voltado. Comecei a ficar apavorada, angustiada e aflita por não saber aonde ele se encontrava. Mas quando vi o mesmo correndo em nossas direções, eu senti alívio e uma vontade avassaladora de chorar. Chorar de alegria.

Tudo o que fiz na hora que vi o mesmo foi correr para abraça-lo, como se eu dependesse disso para sobreviver. O mesmo não se afastou do abraço, muito pelo contrário, ele me permitiu abraça-lo. E na hora que fomos embora, eu grudei nele, com medo do mesmo sumir novamente.

Quando chegamos em casa, Matthew nem sequer saiu do carro. Apenas esperou Maddie descer e foi embora. Ninguém sabe o porquê dele estar assim, mas eu pretendo descobrir logo logo. Não é normal ele ficar desse jeito, Matthew nunca foi de ficar muito quieto ou muito afastado da gente, principalmente do Scott.

E é por esse motivo que eu resolvi ir na casa dos meus pais hoje. Eu preciso saber o que está acontecendo.

Coloco uma roupa confortável, pego os meus acessórios incluindo o meu telefone e saio do meu quarto, indo em direção a sala onde todos estão.

— Vai aonde toda arrumada? — Maddie pergunta, me olhando com curiosidade.

— Visitar meus pais — respondo simples.

Correr ou Morrer Where stories live. Discover now