Doença do Amor

Eight.

Nós não precisamos estar apaixonados, eu não preciso ser a única. Eu sou quero ser uma das suas garotas essa noite. –

Fazia um dia que Sakura estava na enfermaria, mas suas mãos não pararam de tremer nem por um segundo. Nunca havia apanhado daquela forma, nem com aquela força e sentia suas costas queimarem a todo segundo. Não conseguia as encostar na cama, pois era muito doloroso, mas respirar de barriga para baixo também era muito complicado.

A mão que lhe feriu era a mesma que lhe cuidava.

Tsunade passou remédios para dor, fez compressas geladas e lhe alimentava enquanto estava na enfermaria. Mesmo assim, Sakura não a culpava de nada. Tinha certeza que alguém estava tramando coisas por trás de suas costas.

Naruto havia descoberto o que aconteceu e ficou irado, pois sabia que Sakura estava falando a verdade. Tentou visita-la enquanto ela estava na enfermaria, mas percebeu que a garota não estava a vontade e nem com ânimo, e deixou de lado.

Já imaginava que Sakura teria inimigos, mesmo sendo de um cargo menor que as criadas. Ela tinha privilégios, o que os outros humanos do castelo não tinham. Sempre que alguém adoecia era trocado por outro humano saudável e o ciclo se seguia, mas era diferente com Sakura e os humanos invejam isso nela.

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– E então... quem destruiu o vaso da família? – Sasuke perguntou enquanto analisava alguns papéis.

– Foi aquela humana nova, Sakura, senhor. – Tsunade disse. – Ela foi punida, pois estava no corredor. O senhor viu com seus próprios olhos.

Sasuke suspirou cansado, pois aquela humana realmente estava dando trabalho. Poucos dias aqui e já havia causado muita confusão. Pensava seriamente em mata-la.

– Mas... Sakura é muito invejada, como você deve saber. Ela disse que não foi ela e eu pude ouvir seu coração e sei que ela disse a verdade. Alguma outra pessoa pode ter armado para ela. – Tsunade o alertou e fazia sentido.

– O que você acha? Devo mata-la? – Ele perguntou, vendo que a expressão de Tsunade era de discordância.

Tsunade além de enfermeira e governante, também era uma grande conselheira do rei.

– Eu sei que... dada as circunstâncias ela pareça um problema, mas não é ela que os causa. Acredito que não há razão para tal. Você poderia começar a usar a enfermaria para os outros humanos também, além dela.

Sasuke precisava pensar no que faria.

– Onde ela está agora?

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Sakura se encontrava no jardim, passava muitos dias ali. Era silencioso e calmo e não havia nenhum criado para importuna-la. Não estava animada ultimamente. Depois que foi agredida algo havia mudado em si. Nem mesmo TenTen a animava mais com suas conversas e Sakura se sentia esgotada fisicamente e emocionalmente.

Sentia muito cansaço e aproveitava qualquer oportunidade para dormir. Estava deprimida.

Estava encostada numa árvore com os olhos fechados, uma brisa fresca passava e ela não pode se sentir mais relaxada. Infelizmente a tranquilidade acabou quando escutou alguns passos na grama e ao olhar, era o rei a sua frente.

Em outras circunstâncias ela sentiria medo por estar sozinha com ele, mas naquele momento não sentia nada. Se ele a mordesse ou a castigasse, não importava.

O rei a observou por alguns segundos sem dizer nada, vendo que Sakura não mostrava reações, o que achou estranho, pois ela sempre aparentava ter muito medo.

Se aproximou ainda mais da humana e se sentou ao lado dela, no chão. Qualquer um que observasse aquela cena acharia um absurdo o rei se sentando na grama, mas não havia pessoas por perto. Mesmo que Sakura não estivesse com medo naquele momento, ela se sentia incomodada com aquela aproximação repentina.

– Posso ajudar o senhor? – Sakura perguntou olhando para os olhos dele. Não houve resposta.

Fora a primeira vez que havia observado verdadeiramente os olhos Sakura e percebido como eles pareciam verdadeiras esmeraldas. A garota era bonita, tinha que admitir, só era um pouco mal cuidada.

Sakura não entendeu quando Sasuke tocou as duas mãos no rosto da mesma, aproximando seu rosto do dela. Só entendeu o que estava acontecendo quando seus lábios se aproximaram.

Sasuke a beijava calmamente e ela apenas tentou acompanhar seu ritmo. Naquele momento seu coração estava a mil e Sasuke achou engraçado ao escutar as batidas aceleradas dela.

A rosada não sabia o que fazer com suas mãos, então apenas colocou as duas no ombro do mais velho que sorriu durante o beijo, vendo como ela estava sem jeito.

Sasuke desceu seus beijos para a bochecha e pescoço de Sakura, onde ela jurou que ele a morderia, mas apenas ficou ali cheirando o local. A pele da garota era uma mistura de baunilha com cereja e ainda estava marcada com a cicatriz de sua mordida de duas atrás.

Sasuke terminou o contato com um selinho longo. Sorriu para Sakura e foi embora logo em seguida. As bochechas da garota estavam quentes e ela não entendia e nem sabia o que aquele beijo significava.

Sasuke não precisava daquilo, pois já tinha Karin para satisfazer todos seus desejos, mas queria ver até aonde aquilo chegaria. Havia gostado de beijar a garota e já estava enjoando de ficar apenas com a ruiva.

Não era nada bonito o que fazia, mas era o rei.

O que acharam?