Capítulo 27

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Harry pov...

Hoje a Ginny terminou comigo. Eu não percebi o porquê, perguntei se tinha feito alguma coisa errada, mas ela só disse eu precisava entender os meus próprios sentimentos, se o que sentia por ela era amor ou só amizade, e que talvez eu tinha confundido os meus sentimentos.
Agora estou na floresta perto do lago a tentar esclarecer as ideias e perceber o que a Ginny quis me dizer com aquilo e sim, eu devia estar nas aulas, só que estar lá ou aqui seria a mesma coisa visto que estou com a cabeça nas nuvens.
Estava tão pensativo, ou como Tia Drea dizia "A viajar na maionese", que não reparei que alguém tinha se sentado ao meu lado.

Regulus: Está tudo bem? - ele pergunta, mas é óbvio que está um pouco desconfortável com a situação.

Harry: ...E-eu não sei. Desculpa, eu não quero estar a preocupar-te com os meus problemas e tu também não estás confortável com isto.

Regulus: Se nós virmos, no momento, a tua vida é praticamente um livro aberto... Sim, é um pouco desconfortável, mas para conseguirmos resolver toda a merda que vai acontecer, temos de nos entender. Eu também vi-te aqui um bocado triste e pensativo e estava na dúvida se devia vir falar contigo ou não... - parece que ele também quer desabafar sobre alguma coisa.

Harry: Sim, tens razão... E se fizermos assim, eu falo o que está a deixar-me no mundo da lua, e tu, o que te está a incomodar, aceitas? - ele considera a proposta e concorda com a cabeça - Ok...- eu respirei fundo - A Ginny terminou comigo, só que eu não entendi o porquê... Então eu vim para aqui para fugir da confusão e esclarecer os meus pensamentos. Se eu fosse para a aula, eu iria só ia estar de corpo, e ainda mais com a Mione a atazanar-me a cabeça para eu ficar concentrado! - ele ficou a processar o que lhe disse.

Regulus: Ok... - ele pareceu estar a perceber a situação - Posso dar a minha opinião?

Harry: Claro, por favor!

Regulus: Eu acho que tu devias pensar em tudo o que aconteceu nos últimos dias. Na parte do porquê, essa é a única que tu tens de descobrir sozinho - eu revirei os olhos, sabendo que ele tinha razão.

Harry: Tu tens alguma sugestão?

Regulus: Não, como disse, tens que o fazer sozinho. Mas tenho uma pergunta... Porquê este lugar? Tinhas outros mais confortáveis.

Harry: Oh.. - a pergunta surpreendeu-me - Bem,.. na sala das necessidades, eu podia pedir o que eu quisesse, mas seria fácil encontrar-me. Ia chegar a um ponto que eu iria ficar sem paciência e iria ficar a andar de um lado para o outro. Então preferi um lugar ao ar livre, e é daqui que tenho muitas memórias, de mim e das meninas a fazer piqueniques e outras coisas. Este lugar traz-me tranquilidade, familiaridade e paz... - ele sorriu levemente ao ver-me falar das minha memórias. Ficamos em silêncio sem saber bem o que dizer mas felizmente era um silêncio mais confortável - Agora é a tua vez. O que queres desabafar?

Regulus: ele hesitou um pouco - Ok, então... Eu estou contente por estar a ajudar na vossa causa, mas eu não entendo o porquê? Eu sou um comensal da morte... Eu nem sequer sou mencionado nas explicações. A Hope não olha para nem mim nem para Andrea. Eu até percebo o porquê de ela não quer ver a Andrea, ela acabou de perdê-la, eu entendo. Mas com história que as gémeas contaram no inicio,... eu estou um pouco apreensivo... - eu desviei o olhar, sabia que não podia explicar-lhe o porquê.

Harry: Eu sei que o que vou dizer vai ser um pouco confuso, mas ainda não posso explicar tudo, desculpa - ele franziu a boca como que a controlar-se - Tu estás a ajudar! Eu posso garantir-te isso. Nós confiamos em ti, no início ficamos um pouco apreensivos porque não tínhamos a certeza se já tinhas mudado de ideia em relação ao ideais supremacistas dos comensais da morte mas tu provaste o contrário. A Hope... ela não lida muito bem com luto, ela está ainda confusa, tenta dar-lhe tempo.

Regulus: ele olhou para baixo um pouco desapontado - Eu entendo.. Eu vou dar o meu melhor para ajudá-la - eu sorri para ele feliz que a Hope podia conhecer um pouco o pai dela como ela sempre quis - ..Como é que sabes tanto sobre a minha "fuga" dos comensais da morte? É que eu não imagino que tenho contado a todos sobre a história...

Harry: Hmm pois - eu esfreguei a minha nuca envergonhado, sentia que tinha feito o sentir desconfortável - A tia Drea contou a Hope e depois ela contou-me a mim e às gémeas.

Regulus: ele sorriu ao ouvir a parte da Andrea - Ok, obrigado.. Tenho pena de não poderes falar mais sobre este assunto.

Harry: Não vais ter de esperar muito - eu esclareci e ele acenou grato.

Regulus: Isso é bom, estou a ficar com fome - ele diz e eu concordo.

Harry: Vamos, já deve estar na hora do almoço - digo apontando para o sol. Ele olha para mim confuso mas não diz nada.

O caminho para o Grande Salão foi agradável. Ele pediu para contar momentos da nossa infância para amenizar o clima e isso provocou algumas gargalhadas do Regulus que me apanharam de surpresa já que ele é mais reservado. Durante o caminho entendi o olhar dele. A tia contou-lhe sobre ela gostar de acampar e agora eu contei-lhe sobre ela ter-me ensinado alguns truques. Quando chegamos ao Salão, a Hope veio logo ter comigo.

Hope: Ouvi vários rumores que tu e a Ginny terminaram, é verdade? - ela diz no tom preocupado. Por de trás dela vejo o Draco a olhar para nós da mesa da sonserina preocupado e confuso, provavelmente de eu ter entrado com o Regulus.

Harry: ...Sim... é verdade... e eu estou um pouco confuso, mas eu vou tentar entender melhor a situação - eu disse pois conhecendo-a, ela ia fazer milhares de perguntas. Olho para o Regulus que olhava para a Hope enquanto segurava o ar como se, se ele fizesse algum som ela ia aperceber-se que ele estava ao seu lado.

Regulus: ...Eu vou vos deixar. Boa sorte Harry, e pensa no que te disse - ele passa pelas portas e foi em direção aos "amigos" dele. Eu volto a atenção para a Hope que me olha como se tivesse um ponto de interrogação na cabeça.

Harry: Ele encontrou-me na floresta e ficamos a falar - eu esclareci mas isto só a deixou mais surpreendida.

Hope: ...Ok... Como é que tu fazes para falar com os ... teus pais? - ela sussurrou a última parte.

Harry: Não sei, mas as situações são diferentes, de qualquer forma tens de ter muita coragem - digo passando o braço pelo ombro dela. Ao passarmos pelas mesas em direção ao nosso grupo ela dá-me um tapinha na cabeça, eu respondo ao empurrá-la levemente para o lado.

Ao chegarmos perto da mesa a minha mãe olhava para mim confusa e a Mione olhava para mim com um olhar que conseguia entender mesmo sem a telepatia, eu fiz alguma burrice. Eu só ignorei, já estava confuso o suficiente hoje.

Remus: Está tudo bem, Harry? - parece que todos já sabem do termino... eu estava farto disto e do quão confuso eu estava. Eles não tocaram mais no assunto e eu agradeci mentalmente. Eles começaram a falar entre eles, porém eu não prestei atenção. Comecei a pensar no que o Regulus disse.

Os primeiros dias depois de virmos para o passado foram calmos já que ninguém sabia de nós, e mesmo depois dos nossos pais descobrirem não me lembro de nada estranho. Até ao dia em que a Hope e... e o Draco chegaram.. O dia que eu acordei o Draco... eu senti-me estranho, e no dia da festa.... o Draco a dançar e não ter prestado atenção à Ginny.... Foi por isso que ela termino comigo! Ela reparou na forma como eu tenho olhado para o Draco... Merlin, sinto-me tão burro e estúpido! A Ginny viu-me a olhar para outra pessoa daquela forma e nem eu me apercebi que o estava a fazer. Eu sentia o ar a escapar-me e o peito a apertar. Não conseguia aguentar aquele sentimento esmagador de culpa, então levantei-me bruscamente e sai do salão às pressas sem olhar para trás.

Continua...

Nós podemos atrasar nos capitulo, estamos muito atarefadas com a escola.

Espero que gostem.








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⏰ Last updated: Apr 08 ⏰

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