Capítulo 9

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Nathaly Mancini

– O que aconteceu Débora? – Papai pergunta confuso

– Adivinha onde Paola encontrou meu colar? Fala pra ele sua ladra, fala pro seu papai que você me roubou. FALA! – Débora grita chegando perto de mim e apertando meu queixo.

– COMO VOCÊ TEVE CORAGEM SUA INGRATA? DEPOIS DE TUDO QUE FIZ POR VOCÊ? – ele grita com muita raiva e ódio no olhar.

– P-apai eu juro que não fui eu...

– NÃO ME CHAME ASSIM! RU ODEIO SER SEU PAIS OUVIU? Se levante e saia das minhas terras antes que eu te dê a surra que devia ter te dado há muito tempo – Ele diz e estremeço de medo.

– Pra onde eu vou? Não sei fui eu, por favor...

– SAI!

– Venha minha menina, vamos arrumar suas...

– NÃO! Ela não vai levar nada, já que é uma ladra, que se vire pra arranjar roupas – Débora interrompe a fala de Joana.

  Joana me ajuda a levantar e me arrasta pra fora da casa sob o olhar de Paola que sorri vitoriosa. Chegamos do lado de fora dos portões e Joana me abraça.

– Minha menina, você vai ficar bem, eu te amo tanto.

– pra onde eu v-vou Joana?

– calma menina, escute, tenho um conhecido em uma fazenda vizinha que não vejo a muito tempo, o nome dele é Antônio. Vá pela estrada é a próxima fazenda, diga a ele que eu lhe enviei. Eu não posso ir com você me perdoe, se eu for seu pai me demite e eu preciso muito desse emprego minha filha.

– tem certeza que ele vai me ajudar Joana?

– Sim, tenho certeza, ele tem um bom coração e é de muita confiança. Agora vá antes que fique mais tarde... eu te amo e amanhã darei um jeito de ir lhe visitar.

– Te amo Joana, muito obrigada por tudo.

   A abraço e ela chora assim como eu, me despeço e começo a andar pela estrada na direção em que Joana me explicou, não vejo nenhuma alma viva e começo a me sentir observada, sinto um arrepio e medo me tomar, nunca saí da fazenda ao não ser pra estudar... A escola da região é antes de entrar no vilarejo então nem lá eu conheço.

  Sinto novamente o arrepio ruim, para e olho pra trás e vejo que não tem nada, suspiro me acalmando e quando olho pra frente tomo um susto.

– Buh!

–Ah! Jorge? O-o que faz aqui –  pergunto confusa e com medo.

– vim te fazer companhia princesa.

– obrigada, mais não precisa, eu posso ir sozinha...

– Ann, acho que não. Não tem medo do lobo mal te comer?

– Jorge o que está fazendo? Se afasta de mim por favor.

  Ele vem em minha direção e agarra meu cabelos me puxando em direção a floresta, eu grito pela pressão em meu corpo cabeludo e choro desesperadamente já prevendo o que vai acontecer.

  Jorge me joga no chão e se deita por cima de mim, tento levantar mais ele é mais forte que eu.

– Você é uma delícia sabia? Todos tem o desejo de comer sua bucetinha e eu vou te devorar todinha sua puta.

– Por Favor... M-Me Sota!

  Eu fecho os olhos e derrepente não o sinto mais em cima de mim, quando abro os olhos vejo a pessoa que não sai da minha cabeça batendo sem parar em Jorge. Ele vem em minha direção e me abraça, tento lhe explicar mais ele somente me acalmar e me sinto pela primeira vez em minha vida segura.

   Ele me guia até o cavalo, não consigo pensar em nada só vejo tudo como flashes, estou em choque; ele me sobe no cavalo e eu deito minha cabeça em seu peito e sinto meu olhos pensarem de sono, então adormeço sentindo o cheiro do seu perfume.

Quebrados Where stories live. Discover now