𝐀𝚙𝚘𝚌𝚊𝚕𝚒𝚙𝚜𝚎 𝙼𝚘𝚛𝚝𝚊𝚕 - 𝐅𝐢𝐯𝐞 𝐇𝐚𝐫𝐠𝐫𝐞𝐞𝐯𝐞𝐬.

𝑨𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 𝑴𝑜𝑟𝑡𝑎𝑙 - ⁰¹

Angelina Goldberg Nunez, uma agente da comissão com um humor para lá de duvidoso começava seu trabalho com sua primeira missão..Ela estava ansiosa, com suas mãos tremendo e seu corpo ficando mole. Ela esperava por esse dia a meses e ele finalmente chegou.  

O que ela tinha que fazer era simples. Ela pensou que não haveria problema algum em vigiar um adolescente preso no futuro..Onde aconteceria o grande apocalipse que destruiria a humanidade em si. Ela foi de muito bom grato; não podia conversar ou deixar que o garoto a veja diante de todas aquelas destruições, fumaça e chamas que incendiaram o local.  Ela não podia sequer ajudá-lo..Mas não tinha como não ajudar, de vez enquanto, ela deixava alguns mantimentos para ele..como pequenas garrafas de água embaixo de placas caídas ou do lado de rochas. o garoto nunca estranhou então estava até que tranquilo.

Ela e o garoto ficaram velhos enrugados nesses anos todos. Ambos já estavam cansados de tudo isso. O velho por não conseguir voltar e a velha por essa missão nunca acabar. Quando finalmente a gestora contratou o velho preso no apocalipse. Mesmo com a missão dela já terminada com sucesso, ela de alguma forma não queria deixá-lo. sabia que ele iria fazer algo; ela o observava por anos.. Conhecendo ele muito bem para saber que ele não iria querer ficar na comissão por muito tempo e claramente iria voltar para o passado tentar arrumar o apocalipse. Ela sabia o que ele perdeu, ele perdeu sua família, seus irmãos. Acabou sabendo disso também, foi sem querer, mas  descobriu.

Ele havia chegado a um ponto que ele falava sozinho com uma manequim. Angelina se assustava com o quão isso era normal para ele. Conversar com um pedaço de plástico pintado não faz bem.. 

Ela o seguia em uma de suas incontáveis missões legais..Ela tinha uma certa inveja, até porque ele sempre tinha missões legais e arriscadas. Já ela, sua única missão legal era vigia-lo..E essa missão já havia acabado.  Só depois de um tempo que ela começou a receber missões do nível dele, isso foi muito bom para ela.

Ela não ficou surpresa quando ele se preparava para voltar no tempo..Ele mexia em seu caderno pequeno e de color marrom. Lá tinha cálculos, já que a própria Angelina já tinha visto ele por dentro. Estava cheio de números mas era fácil de entender..Para os dois. Ambos tinham uma inteligência avançada, bem avançada; assim como sua força e resistência. Já que..Desde pequenos, eles tinham que sobreviver, e não viver. 

Five teve que lidar com um apocalipse onde não restava absolutamente nada. Ele viu sua família morrer e virar cinzas. Além de ter que aguentar esse fato em sua vida, ele aprendeu a sobreviver sozinho. Quase sem comida, pouca água, nada, absolutamente nada.. 

Já Angelina.. 

Ela cresceu em uma família normal..Que de normal só tinha sua aparência. Seus pais bebiam, se prostituíam por dinheiro e na adolescência de Angelina, chegaram a se aproveitar dela por meros cem dólares. Ela cresceu sentindo uma culpa imensa. Não comia, não bebia e os pais não se importavam com isso. só queriam saber do dinheiro. Seu irmão, Billy, não se importava nada com a garota..Ela a xingava de puta sem motivo algum. Ele a espancava no meio da sala deixando o tapete cheio de seu sangue..E ela não podia revidar ou algo do tipo. Seus pais a matariam se ela encostasse em seu filho precioso. Ela ficou cansada de tudo aquilo, mas, mesmo assim. Ela os amava, de alguma maneira os amava; a garota poderia falar que os matariam, mas era tudo mentira. Ela tinha um coração bom, muito bondoso.. Foi assim dos seus seis anos até os seus dezessete, ela aguentou tudo porque queria que os seus pais finalmente falassem que estavam orgulhosos dela. Que ela era tão precisa assim como o filho,mas no fundo ela sabia que isso não iria acontecer. Graças ao seu pai, ela tinha cicatrizes pelo seu corpo, em sua sobrancelha, sua costa, na curva de sua cintura e debaixo de seu seio. Ela via suas cicatrizes e as tocava, com ódio.. Por mais que ela os amava, ela precisava acabar com isso de alguma maneira.