Capítulo 5

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Orm

As viagens são, e sempre vão ser uma tortura para os passageiros.

Não existe o conforto. As cadeiras acolchoadas nada conseguiam evitar as incongruências entrepostas sobre a estrada.

Mesmo em meu desprezo quanto a ele, meu pai sempre ironizava que homem não podia mesmo pensar em asneiras exasperadas e irritantes de coisas tão tolas. Essa viagem pode ser colocada em seu testamento, também.

Em minhas mãos já descobertas das manoplas quase escamadas do conjunto, verificava os nomes inteiriços da tropa.

Jazido em si sobre os sofás conjuntos pelos cantos escondidos do lounge, eu me escorava sobre a janela do outro lado de onde o deus dos minérios e o trio de patente inferior se divertiam em uma farra bebada. É agradável ver essa alegria em épocas como essa.

Eu deveria também ter pego meu segundo copo de whisky. Irradiar felicidade pouco genuína pra ignorar o desânimo que estou começando a ter dessa vida.

Bom, a janela também me agrada.

A visão das planícies moldadas por Deus eram agradáveis de toda forma. Ainda nas áreas de Fiei, o bóreo claro que parecia mesmo passear por dentro da cabine me acalmava a alma, e momentaneamente me fazia esquecer mesmo de meu nome. De um deles, pelo menos.

Sobre o comboio, não éramos o primeiro na linha da frota. Na estratégia lógica dos cabeças-frias da mesa, os mais importantes não podiam ser apontados tão rudemente para um ataque rápido e incisivo ali no nariz do corpo.

Como tudo que ocorre em uma guerra, a ideia foi proposta após a morte de um antigo Marechal. Uma catarse muda que repercutiu como o corte da lâmina.

O Golpe da Noite. Não esperávamos que o ataque fosse o começo de um golpe tão inteligente, cujas cordas foram regidas pela própria deusa da inteligência.

Roubar a noite e sumir com as estrelas do destino da távola dos deuses capitais. Um ato que desabou com a antiga capital e os 12 estrelas minguantes. Tudo isso enquanto os dedos apontavam para os cantarolídeos e os tocanzís, e a declaração de guerra se anunciou sobre aquele evento, 6 anos atrás.

Se Deus não tivesse agido, em atos que mesmo eu não sei contra Lha, a deusa da noite, nós, da terra do sopro estaríamos mortos.

Mas... é heresia questionar se, a princípio, quem fez tal plano foi...

— Orm, seu filho da puta! — o deus dos minérios gritou em um berro soluçado — Pare de bater punheta e venha cá, seu miserável! — seus olhos cintilavam sobre o escuro, reunido com os tenentes e o capitão ali à mesa quadrada.

— Venha, general, venha! — um tenente chamou. Por nome, não relembro, porém dos gritos loucos da bebida, tenho certeza que tem uma carreira recente na milícia de Deus.

Ouvi suas reclamações quanto às suas tarefas. Proferiu mesmo insultos a Deus com um sorriso petulante no rosto. E ele tinha um futuro pela frente. Que infortúnio cair nessa armadilha.

— Se divirtam, vocês — eu tossi, dobrando o folheto — Estou ocupado.

— Uma punheta vale mais a pena que se juntar com a gente?! — o deus chiou, claramente divertido — Teu pau vale mais que eu?! O deus dos minérios?! — foi proposto um silêncio de intimidação dele, mas o gargalho do trio o fez rir em conjunto — Não seja tímido, porra! Venha cá, caralho!

Infelizmente, mesmo nas risadas, não é realmente uma coisa com que posso escolher.

O whisky é potente, certamente. E o deus dos minérios sabe bem o momento certo de atracar seu veneno.

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