" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido"
Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que irrita profundamente com seus comentários maliciosos e coberto de ironia.
E Gustavo sabe que a paciência de Ana Flávia é curta, e por isso...
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- Você se inscreveu para o time de lacrosse? - perguntou Gabi para o Rudi.
- Por que? Acha que não sou capaz de jogar? - ele perguntou arqueando uma sombrancelha.
- Acho que não combina muito com você. - eu disse bebendo um gole do meu suco e depois comendo um bocado da minha comida.
Agora era a hora do intervalo e eu estava sentada no refeitório, enquanto nós três conversamos.
- Lógico que combino. - ele disse e nós duas o olhamos franzindo o cenho. - Tá bom, eu não combino. Meu pai está me obrigando a jogar, porque ele acha que se eu jogar lacrosse eu vou virar "homem". - ele disse deprimido.
- Não fica assim amigo, seu pai é um idiota. - eu disse o abraçando, já que ele estava do meu lado.
- Exatamente, se você não quer jogar, eu acho que não deveria jogar. - Gabi disse segurando a mão dele por cima da mesa.
- Você sabe que com ele não tem muita conversa. - ele disse cabisbaixo.
- Pensa por um lado positivo: você vai ver todos aqueles jogadores gostosos bem de pertinho. - eu disse para descontrair e ele sorriu com isso.
- Só não posso olhar para um. - ele disse e eu franzi o cenho. - Para o Gustavo.
- Gustavo está no time? - perguntei e Rudi concordou com a cabeça.
- Por que não pode olhar para ele? - perguntou Gabi.
- Porque ele já tem dona. - ele disse apontando discretamente para mim e eu tirei meus braços em volta dele, dando um tapa fraco em seu braço.
- Para de ser idiota. - eu disse e ele riu.
- Tudo bem, tudo bem. Retiro o que eu disse. - ele disse rindo e Gabi estava do mesmo jeito.
- Eu não vou ficar com vocês dois que ficam rindo da minha cara. - eu disse me fingindo de ofendida e fazendo drama, enquanto levantava.
Eu já ia levantar para levar a bandeja, então aproveitei para fazer um draminha. Mas quando me virei para andar até o balcão onde deixa as bandejas, esbarrei em alguém, fazendo minha bandeja com o resto de comida voar para a roupa da pessoa na minha frente e um pouco na minha também.
- Não vê por onde anda? - olhei para pessoa vendo ser o Gustavo.
- Você que não vê por onde anda. - eu disse começando a me irritar.
- Olha só o que você fez. - ele disse apontando para sua camiseta, parecendo irritado.
- A minha também está suja e a culpa é sua que fica atrás dos outros. - eu disse apontando para minha camiseta que também sujou (menos que a dele, mas mesmo assim, sujou) - Quero dizer, atrás de mim. As vezes acho que você deve ser obcecado por mim. - eu disse e vi ele me olhar com ódio.
