" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido"
Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que irrita profundamente com seus comentários maliciosos e coberto de ironia.
E Gustavo sabe que a paciência de Ana Flávia é curta, e por isso...
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Hoje já é sábado e eu estou me arrumando para a festa que fui convidada. Gabi e Rudi também vão e Gabi vem me buscar.
Quando terminei de vestir a saia preta justa e uma blusinha também preta que mostra um pouco da minha barriga, fui me maquiar.
Fiz uma maquiagem básica e depois calcei um coturno, escutando meu celular vibrar em cima da cama. Peguei ele vendo que era uma mensagem de Gabi dizendo que já chegou.
Peguei minha bolsa e desci rapidamente, torcendo para não encontrar com meu pai. Mas como não tenho sorte, ele estava na sala.
- Vai a onde vestida assim? - perguntou tirando o olhar da televisão para me olhar.
- Eu só vou a uma festa, pai. - disse torcendo para ele não me brecar.
- Não vai. - ele disse voltando o olhar para a televisão.
- Por que? - perguntei me irritando.
- Primeiro que você não me avisou e segundo, enquanto você morar na minha casa, irá seguir minhas regras. - ele disse voltando a me olhar.
- Mas o Guilherme e Hugo sempre saem quando querem. - eu disse, mesmo sabendo que Hugo já é maior de idade, mas Guilherme ainda não.
- Seus irmãos são mais velhos que você e mais maduros. - ele disse e eu soltei um riso descrente.
Eles podem ser tudo, mas maduros com certeza não são.
- É por isso ou porque eles são garotos e eu uma garota. - eu disse sabendo muito bem o pai que eu tenho.
- Eu já disse, você não vai e ponto. - Meu pai disse se exaltando e ignorando o que eu disse.
- Pode ir, Naflavia. - disse minha mãe entrando na sala.
- O que? Não, não vai. - meu pai disse contrariando minha mãe.
- Vai, vai sim. - minha mãe disse quase gritando.
Só espero que Gabi não esteja ouvindo.
- Pode ir, Ana eu me viro com seu pai. - minha mãe disse e eu andei até a porta.
- Ana Flávia não se atreva a sair dessa casa. - Ouvi meu pai dizendo mas não voltei.
Abri a porta e sai, escutando os dois discutirem.
- Quer que ela vire uma vagabunda igual a você? - ouvi a voz do meu pai de longe, me fazendo fechar os olhos e suspirar.
