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ANA FLÁVIA,
point off view.

- Identidades? - pediu o segurança na porta de entrada da boate

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- Identidades? - pediu o segurança na porta de entrada da boate. Eu e Gustavo ficamos por uns 20 minutos na fila.

Primeiro Gustavo entregou a sua falsa identidade e passou direto, depois eu entreguei para o segurança a minha. Ele olhou para a identidade e para mim desconfiado. Eu engoli em seco, abrindo um pequeno sorriso e me sentindo nervosa por estar praticando um crime.

- Pode entrar. - ele disse me entregando a identidade e eu suspirei de alívio. - Esses jovens estão cada dia parecendo mais novos... - escutei ele murmurar quando passei por ele.

Quando entrei pela porta, consegui analisar melhor o local. Tinha muitas pessoas dançando e bebendo, enquanto uma música alta tocava. As luzes eram coloridas e me deixavam quase tonta. Gostei.

- Pensei que ele ia descobrir que eu sou de menor. - eu disse para Gustavo enquanto ele me puxava pela mão.

- Eu também. - disse sincero quando paramos em frente ao bar. - Você tem um pouco de cara de criança.

- Cala a boca. - eu disse dando um leve empurrão no seu ombro, enquanto ele ria. - E você tem as atitudes de criança. - eu retruquei dando um falso sorriso.

Gustavo riu mais.

- As vezes eu sinto saudades de te irritar. - ele disse se aproximando de mim e colocando suas mãos no fim das minhas costas.

- Eu não sinto saudades dessa época. - eu disse colocando minhas mãos no seu pescoço. - Eu quase morria de ódio

- Nós dois sabemos que você sempre gostou de mim e você demonstrava seu amor me xingando. - ele disse divertido e eu revirei meus olhos.

- Você que sempre gostou de mim.

- Gostava mesmo. - ele disse me roubando um beijo, que eu fiz questão de retribuir.

Nos separamos quando escutamos o barman falando com a gente:

- Vão querer o que? - perguntou parecendo um pouco desconfortável por nós estarmos nos beijando.

- Vou querer uma vodka com energético. - pediu Gustavo e o barman pegou a garrafa para preparar.

- E você? - perguntou o barman para mim quando terminou o do Gustavo.

- O mesmo. - eu disse e ele concordou, preparando o meu. Me entregou e depois foi atender outra pessoa.

Ficamos bebendo e conversando, enquanto eu sentia a bebida fazer efeito quando estava no final do copo.

I hate you | miotela ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora