" só ri de uma cicatriz quem nunca foi ferido"
Para Ana Flávia, Gustavo é apenas um badboy estereotipado que irrita profundamente com seus comentários maliciosos e coberto de ironia.
E Gustavo sabe que a paciência de Ana Flávia é curta, e por isso...
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Entrei na minha nova casa seguindo minha mãe. Meus pais se separaram e eu não sei definir o que eu estou sentindo com isso. Não sei se é o certo eu me sentir feliz, mas não posso negar que o casamento dos dois já estava acabado a tempos.
Eu obviamente vim morar com minha mãe e eu sei que vou ter bem mais liberdade aqui. Eu amo meu pai, mas a maneira que ele me trata deixa claro que morar com ele só me traria dor de cabeça.
Ele ficou puto e não queria aceitar o divórcio, mas ele não teve muita opção quando minha mãe já estava bem decidida.
- Gostaram da casa? - escutei minha mãe perguntar para mim e meus irmãos.
- Gostei. Ela é bem... - deixei a frase no ar olhando pro grande espaço da sala.
- Grande. - completou Guilherme, pensando o mesmo que eu. - A nossa antiga casa era maior, mas essa também é grande e bonita.
- Eu vou guardar minhas coisas. - eu disse puxando duas malas que tinha algumas das minhas roupas. Eu estava com preguiça só de pensar em ter que guardar todas minhas coisas.
Subi para meu novo quarto que ainda estava totalmente vazio. Aos poucos fui organizando minhas coisas, o caminhão não demorou muito para chegar com outras coisas, não só minhas mas da minha mãe e meus irmãos também.
Ao fim do dia, meu quarto já estava organizado. Suspirei e me sentei na minha cama, ainda achando estranho o fato de meus pais não estarem mais juntos e que eu estava em uma nova casa. Acho que vai ser um pouco difícil me acostumar, mas no fundo do meu coração eu sinto que essa separação foi o melhor para os dois e toda a família.
Depois que eu tomei banho, me deitei cansada na minha cama. Meus olhos começaram a pesar e dormi.
Acordei com meu despertador, mas eu só acordei para desligar ele e voltar a dormir. Provavelmente eu iria perder a hora, mas eu estava com tanto sono.
- Ana Flávia, acorda. - escutei alguém me chamar.
Abri meus olhos e vi que era minha mãe que me chamava.
- Esqueceu que é hoje que você começa no seu novo e primeiro emprego. - ela disse sorrindo e isso me fez despertar.
Com toda a mudança, me esqueci totalmente que hoje, segunda-feira, é meu primeiro dia de trabalho. O meu e do Gustavo.
- Se arruma e vem tomar café. - ela disse e saiu do quarto.
Eu me arrumei sem pressa e passei um pouco de corretivo e um rímel, esperando que depois da escola eu não esteja tão mal para ir trabalhar.
