Tudo Por Mais Um Dia

Parte 8

Papai chegou às 18:00h. Quando me avistou no sofá foi imediatamente em minha direção me abraçar.

-Como está filha?

-Estou bem. Não foi nada serio.

-Que bom.

-E eu não mereço nem um abraço não? (Disse mamãe toda enciumada.)

-Claro que sim.

Abraçou-a e deu-lhe um selinho super discreto.

-Agora que estamos todos aqui, vamos jantar? (Digo já não me aguentando de fome.)

-Vamos. (Mamãe.)

Depois do jantar assistimos um pouco a um filme que estava passando.

Às 20:40h pedi que papai me leva-se para meu quarto. Tomei um banho e voltei a ler o Hamlet.

Eu estava impressionada com as varias possibilidades de interpretação que, se podia atribuir aquele livro. Fui dormir às 00:30h.

Acordei às 8:26h e fui direto para meu banheiro fazer minhas higienes matinais. Eu estava amando o fato de meu pai não me acordar de manhã cedo aos gritos, para ir trabalhar.

Mas eu estava com saudade da biblioteca, das aulas de música, do Ed. Quando sai do banheiro resolvi que, depois de tomar café iria ligar para o Ed. Peguei um vestido azul do roupeiro, arrumei meus cabelos, fui até a porta e chamei minha mãe.

-MÃE! (Gritei)

-OI?

-VOCÊ PODE TRAZER MEU CAFÉ?

-JÁ, JÁ.

Sentei na cama e peguei meu celular na mesinha de cabeceira. Haviam três ligações perdidas: uma do Ed e duas do Matt. Eu queria muito ligar para o Matt primeiro mas, eu sabia que era capaz de eu acabar esquecendo o Ed, se não ligasse para ele primeiro.

-Bom dia querida. Como está se sentindo?

-Bom dia mãe. Estou bem.

-Que bom.

-Hummm, que cheiro bom! Caprichou.

-Obrigada. Filha, eu tenho que sair agora e vou voltar daqui a duas horas. Você vai ficar bem?

-Vou sim mãe, não se preocupe.

-Tem certeza? Porque se quiser eu fico.

-Tudo bem mãe, qualquer coisa eu ligo para você, para o Ed ou para o Matt.

-Okay então mas, ligue mesmo.

Ela me dá um beijo na testa e sai. Ligo para o Ed e começo a tomar o café (que aliás era: suco de laranja, ovos mexidos, panqueca, uma maçã e um cafezinho meio amargo, do jeito que eu gosto) enquanto aguardava ele atender.

-Bom dia gato.

-Bom dia Anna, finalmente lembrou de mim.

-Você sabe que não vivo sem você amor.

-Sei...mas, como você está?

-Estou bem.

Falei da minha ida ao hospital e depois de uns 7 minutos de conversa ele teve que desligar; tinha que terminar um trabalho da faculdade. Nem aos domingos a pessoa tem folga. Um minuto depois dele desligar meu celular tocou.