Love or Hate - Mason Thames

Capítulo 105

Ayla Cazarez Mora

MINHA RESPIRAÇÃO ainda está presa, com medo de sair e no mesmo instante sair também ela do meu campo de visão, eu não queria dar um passo a frente, estou completamente com medo e ansiosa, triste, feliz, é um misto de emoções.

Com muita relutância dou um passo a frente e ela sorri com aquele sorriso único, fazendo suas bochechas rosadas levantarem como eu sempre me lembrará, é quando ela me olha com ternura e diz.

— É a mamãe minha princesa! — ao ouvir a voz da minha mãe novamente eu sinto as lágrimas virem a tona, eu estou sonhando, isso....ela está....ela não está aqui mais.
Não!

Mesmo com os pensamentos contra a minha realidade, corro até ela e me jogo em seus braços sentindo que é real, seus braços rodeam minha cintura e ela beija minha cabeça chorando junto a mim,meu coração parece se decepar, sinto minha respiração acelerar, eu não quero sair do abraço dela nunca, e ela não quer me largar.

— Mamãe! — falo sussurrando, a apertando mais no abraço para sentir seu corpo, minha mãe está de volta.

Depois de uns minutos chorando no seu abraço ela me solta e olha meus olhos, passando as mãos limpando as minhas lágrimas, eu sorrio olhando os olhos azuis hipnotizantes.

— Mas....como? — pergunto sem entender completamente nada. — eu... mãe eu te vi...

— Shhh! — ela me impede de dizer mais algo. — eu estou aqui Ayla, minha pequena. — ela sorri e chora mais um pouco, sentindo uma dor que exala nos seus olhos azuis.

— Eu senti tanta falta, eu sinto sua falta. — falo sentindo suas mãos acariciar a minha.

— De onde está vindo? — ela pergunta me levando até o sofá, sentamos de frente uma para a outra e me sinto uma criança ansiosa por contar uma notícia feliz.

— Da casa dos Blakes, são novos sócios da empresa do papai e do tio Chris, quero dizer, do meu sogro. — falo me corrigindo, ela abre um sorriso enorme e fica em choque.

— Sogro ? O que isso quer dizer dona Ayla? — minha mãe pergunta e eu dou uma risada.

— Mamãe, eu e Mase estamos...bom, namorando. — falo e ela me abraça mas ainda chocada.

— Como isso aconteceu? — ela pergunta e me olha curiosa.

Eu contei tudo, desde o início, mamãe ficou radiante, ela falou que sabia que isso iria acontecer desde o começo, contei a ela a briga com Clair, contei sobre a viajem para a Flórida, contei que penso em fazer inscrição para Oxford, e Stanford, ela me apoiou.

Me sentia uma garotinha acolhida, como se estivesse apresentando um trabalho e todos estivessem interessados, mamãe sorria a cada notícia, e ainda segurava minha mão.

— Papai sente sua falta, na verdade como  a senhora veio...veio aqui para casa ? — pergunto curiosa.

Ela reprimi os lábios e sorrio sem jeito.

— Eu sempre estive aqui minha pequena, eu te amo, amo seu pai e seu irmão.— ela diz com os olhos querendo se encher de lágrimas, mas contém. — venha, deite aqui. — ela me puxa e deito no seu colo com a cabeça nas suas pernas.

— Eu também estava com saudades disso. — falo respirando fundo, sentindo minha mãe murmurar uma música leve e passar as mãos nos meus cabelos.

— Eu também.... você não sabe o quanto. — ela diz com a voz meiga, mamãe canta uma música que costumava cantar quando eu e Miguel éramos crianças, com a mão no cabelo pego no sono rapidamente.