EPÍLOGO: JEON JEONGGUK

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Enfim chegamos ao epílogo.

Tenho muito a dizer, mas deixarei isso para as notas finais, tudo bem?

Esse epílogo não é muito longo, mas ainda assim tem algumas músicas que indico pra leitura:  1) Oceans (Where Feet May Fail) - Hillsong / 2) Spark - Ed Sheeran e 3)King and Lionheart - Of Monsters and Men, nessa ordem e deixei o início do parágrafo em negrito para sinalizar.

É isso... tô emotiva e confesso que demorei pra atualizar esses últimos capítulos porque não queria dizer adeus.

Usem a hashtag #WolfsBaneTk para comentar sobre a história, vou amar ver tudinho.

Boa leitura, lobinhes. Espero encontrar vocês novamente em outras histórias.

❝Somos apenas humanos, e os deuses nos formaram para o amor

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Somos apenas humanos, e os deuses nos formaram para o amor.

— Aemon Targaryen

α β Ω

[1738 d.e]

Setembro, Quarta lua do mês, início de Outono


Tudo começou com um clarão. Uma luz intensa dominou minha visão, dando-me a sensação de cegueira por alguns minutos. Sequer tive tempo para me desesperar ou compreender o que estava acontecendo. No instante seguinte, uma dor absurda se alastrou pelo meu corpo e desmaiei na floresta.

Nunca fui possuído, mas já escutei histórias, lendas e canções a respeito de coisas assim. Se precisasse descrever como me senti quando Eles me tocaram, essa seria a comparação perfeita e mais próxima da compreensão humana. Foi como se... uma alma entrasse em meu corpo e se apoderasse dos meus pensamentos e das minhas memórias, moldando-as ao seu bel prazer. Como se tornar uma carcaça, um receptáculo para algo maior e mais poderoso do que eu acreditava ser. Porque no fim, não era apenas uma alma, eram centenas delas. E tudo que elas sabiam, tudo que vivenciaram, passou a viver dentro de mim.

Dor, confusão, aprisionamento.

Essa é a sensação que se tem quando se torna um Sábio.

Fiquei ali, caído e imóvel, sem forças para me colocar de pé, sentindo a terra contra minha bochecha enquanto assimilava a informação, enquanto compreendia que meu avô estava morto e a verdade sobre sua existência ganhava forma diante dos meus olhos.

Olhos que deixaram de ser meus. Olhos que enxergaram um passado, passariam a presenciar o presente e talvez passasse a  residir o corpo do próximo Sábio no futuro.

Odiei a sensação.

Entretanto ali estava meu avô, em sua própria memória que agora me pertencia, encarando seu reflexo turvo na cascata da cachoeira, sentado de pernas cruzadas. Ele não parava de falar, de se desculpar e de despejar deveres em meus ombros, novas obrigações que nunca pedi. Quem o visse naquela época, diria que estava louco, porém o velho Park apenas estava tentando à sua própria maneira me instruir para os dias que viriam. Ele não falava sozinho, estava conversando comigo. Uma via de mão única, na qual eu só podia escutá-lo, incapaz de questionar ou me rebelar contra uma decisão divina que já havia sido feita e decretada sobre o meu destino.

Wolf's Bane Ω taekookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora