11 - I don't want to be bad for her.

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Oi, oi!
Boa leitura, pessoal.
Espero que gostem! 🤍

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Perder não era uma opção.
Perder não poderia fazer parte da vida de Maya Bishop. Nunca, em nenhuma hipótese.
Afinal, se ela perdesse, sua vida desmoronaria.
Aos três anos de idade a loira aprendeu o que a palavra perder significava.
Sem abraços. Sem sorrisos. Sem carinho. Sem amor.

Quando você é apenas uma criança, o amor dos pais é tudo! É como se sem o afeto dos pais, mesmo que mínimo, você não pudesse sobreviver.
E para Maya não era diferente.
Seu pai, Lane Bishop, era seu herói! E o amor dele era como oxigênio para ela... Necessário para viver!
Por muito tempo, Maya manteve seus olhos focados na linha de chegada.
Olhos para frente, como seu pai havia ensinado-a.

Mas tudo mudou quando Maya conheceu Carina.
A italiana deu vida à uma parte da loira que ela sequer sabia que poderia existir. A sua versão mais tranquila, gentil e carinhosa.
Desde que Carina DeLuca havia entrado em sua vida não existia mais o mantra "olhos para frente", existia apenas: olhos em mim. Apenas em mim.

É claro que isso não fez com que Maya superasse os anos de abuso mental que havia sofrido de seu pai. Carina ajudou e foi essencial nessa parte da vida da loira, mas a única coisa capaz de fazê-la superar e entender que não precisava mais deixar que a voz de Lane guiasse seus pensamentos e suas ações era a terapia.
E foi por isso que Maya tomou uma decisão dois dias depois que teve o primeiro pensamento de olhos para frente causado por Beckett.

A culpa a corroía de uma forma extrema.
No dia anterior, Maya teve uma crise de pânico. Seus pensamentos escuros fervilhavam e a única coisa que ela queria fazer era correr. Carina a impediu, dizendo que ela precisava descansar pois estava exausta e seu corpo não aguentaria ainda mais pressão.
Foi então que Maya explodiu. De uma forma extremamente pesada.
E a expressão de mágoa que se fez presente no rosto de Carina, a bombeira agora não conseguia esquecer.
A última coisa que a loira desejava era fazer a esposa chorar e isso foi exatamente o que aconteceu.

Quando Maya tentou se desculpar no café da manhã, antes da italiana sair para o trabalho, tudo o que teve como resposta foi um breve "Ok" e isso partiu seu coração.
Carina sequer a olhou nos olhos.
Não houve beijo de despedida.
Não houve o eu te amo.

Agora, sozinha no apartamento, a bombeira decidiu que consertaria o que havia quebrado. Ela não deixaria que a voz de seu pai a controlasse. Não mais.
Ela faria o certo e esperava que isso mostrasse o quão arrependida ela estava de ter dito aquelas duras palavras e esperava que Carina a perdoasse.

Ao pegar o celular em mãos, Maya hesitou brevemente com o polegar sobre aquele número específico.
Ela estava nervosa, não podia negar. Mas nada, absolutamente nada a faria desistir.
Foi então que em um impulso de coragem, Maya iniciou a chamada.
Em dois toques depois, aquela voz gentil e suave soou do outro lado da linha.

- Maya?

- Oi, sim. Sou eu.

- Aconteceu alguma coisa?

- Sim, mas eu gostaria de falar com você pessoalmente. Podemos nos encontrar hoje? Você pode me informar um endereço?

- Claro. Irei enviar um endereço por mensagem. Você quer me ver agora?

- Se possível sim, por favor. - Maya suspirou trêmula.

- Ok. Vou te mandar o endereço. Estarei esperando você.

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