IX

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   Uma fresta de luz iluminou o chão quando a porta abriu e o ômega viu a silhueta imponente do alfa, parado na soleira.

“𝘚𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘢𝘤𝘩𝘢𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘪𝘯𝘥𝘰, 𝘦𝘭𝘦 𝘪𝘳𝘢 𝘦𝘮𝘣𝘰𝘳𝘢? 
“𝘛𝘢𝘭𝘷𝘦𝘻 𝘦𝘭𝘦 𝘴𝘦 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘳𝘥𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘦𝘪 𝘥𝘶𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘰 𝘥𝘪𝘢, 𝘦 𝘮𝘦 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘢𝘯𝘴𝘢𝘳?”
“𝘗𝘰𝘳 𝘴𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘮𝘦 𝘱𝘰𝘶𝘱𝘦 𝘥𝘢 𝘵𝘰𝘳𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘯𝘴𝘶𝘢𝘭 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘳𝘢 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘢̀𝘲𝘶𝘪𝘭𝘰, 𝘦 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘪𝘳𝘪𝘢 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘳𝘢𝘤̧𝘢̃̃? 

   O coração dele batia com tanta força que Jimin achava que Jungkook podia ouvi-lo.

   Uma risada baixa, ao lado de sua cama, acabou com as esperanças de Jimin. — Você acha que vou acreditar que está dormindo, 𝘫𝘢𝘨𝘺𝘪𝘢? – ele perguntou amavelmente. 

   Jimin ouviu o barulho de um zíper e algo caiu pesadamente no chão: provavelmente o jeans de Jungkook. Ele sentiu um sopro de ar sobre o corpo quando o alfa levantou o lençol e deitou na cama e tremeu ao sentir o contato morno do corpo musculoso.

— Você... está nu? – Jimin sussurrou.
— O que esperava? – Jungkook o abraçou com naturalidade e seu hálito roçou o rosto de Jimin. — Ah... Talvez você quisesse olhar enquanto eu me despia?
— Eu... – a ousadia das palavras de Jungkook haviam chocado o ômega, ao pontos das palavras lhe fugirem. 

   Sexo provavelmente era algo que o alfa fazia sempre, mas para Jimin era quase que algo novo, aliás já fazia 8 anos que ele não dormia com um alfa, ou melhor, com àquele. E todas as suas ilusões foram por terra. Jimin se enganou ao pensar que trocariam carícias, que Jungkook seria gentil? Que talvez o alfa o abraçasse e lhe dissesse algo carinhoso, antes de começarem a fazer amor?

Jimin estaria completamente louco!

— E você... Definitivamente não está nu. – ele murmurou, acariciando-lhe o quadril. Jimin sentiu a decepção na voz do alfa. — Que vergonha, Jimin. Não acredito que você use algo tão deselegante na cama quando tem um encontro com seu amante.

   Jimin pensou que seria o momento ideal para contar a Jungkook que aquele era seu primeiro encontro daquele tipo, mas percebeu que ele não esperava resposta. A pergunta serviu apenas como pretexto para ele tirar-lhe a camiseta e jogá-la de lado, como uma bandeira de rendição.

   Jimin estremeceu ao ficar exposto.

— Está com frio? – Jungkook murmurou, beijando-lhe o pescoço.
— N-não. – o ômega murmurou. 
— Está com medo?

Com medo? Jimin estava apavorado.

   O sexo não costuma devastar as emoções? As dele já estavam bastante caóticas e ele se sentia vulnerável. Entretanto, abanou a cabeça. Recusava-se a admitir o medo, a dúvida ou algo que o deixasse em maior desvantagem dentro dos braços de Jungkook.

— Ótimo! – Jungkook afastou os cabelos que cobriam o rosto do ômega. — Você me fez esperar muito tempo, Jimin. Tempo demais... Mais do que qualquer outro ômega ousaria ou seria capaz. Você percebeu que quase me deixou louco de desejo? – a voz de Jungkook tremia, quando abaixou a cabeça e o beijou com tanta ansiedade que seu corpo estremeceu. 

   Jimin se agarrou a ele, esquecendo a menção a outros ômegas sob a intensidade do beijo. 

   Jungkook gemeu quando o ômega entreabriu os lábios para ele. Sentiu a pressão dos dedos de Jimin contra seu peito e acariciou-lhe o corpo, reconhecendo suas curvas secretas, regozijando-se com a pele macia. Ele gemeu de novo. A espera fora quase insuportável. As provocações e carícias mútuas eram algo que ele não experimentava desde adolescente, e ainda havia o fato de que aquele ômega tinha gerado seu filhote. 

O Início Do DesejoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora