31. Cicatrizes internas

17 4 9
                                    

Não esqueça do voto! 💗

Mais um capítulo cheio de emoções pra vocês!!

Nos vemos lá embaixo :)

— 👑 —

— Você está dizendo que nem sequer viu quem te apagou?! — o rei gritou, a mão agarrando o guarda pelo colarinho.

— Perdão, majestade — ele disse em voz baixa.

— Desculpas não ajudam, seu filho da puta inútil! — retrucou, apertando-o com mais força. — Me dê um bom motivo para não te matar agora mesmo.

— E-eu... tenho pistas sobre quem pode ter sido.

— Vai se arrepender se isso for um blefe, Youngjin...

— Não é! — ele exclamou com a voz esganiçada. — Deve ter sido um criado, um homem. Era forte demais, já que me apagou com um golpe só. Eu posso não ter visto quem foi, mas é só descobrir quem estava por perto do canil àquela hora ou descobrir por eliminação. Quantos criados aqui são capazes de apagar um guarda com uma porrada só?

— Ainda me parece um blefe. Criados não têm toda essa força! Se tivessem, trabalhariam como guardas. Não sabe como são mesquinhos? Fariam qualquer coisa para ganhar mais dinheiro.

Seokjin respirou fundo, comprimindo os olhos marcados pela idade, e soltou o guarda empurrando-o com força para trás, fazendo-o cair sentado no chão.

— Se não descobrir quem foi que lhe nocauteou e me trouxer o imprestável, te jogarei junto da imundície lá embaixo. E, Youngjin... — Ele lançou um último olhar de desprezo para o guarda. — Saiba que farei questão de vender os seus pedaços para quem quer que deseje alimentar seus cães de guarda.

Seokjin saiu andando dali a passos firmes, consumido pelo ódio. A raiva queimava dentro dele, alimentando seu desejo por poder e controle.

Traçando um caminho com mais curvas e desvios do que o necessário, o Rei retirou de sua roupa um pesado molho de chaves ao se aproximar de uma das salas "vazias" do castelo — pelo menos era dessa maneira que eram conhecidas, apesar de não serem de fato vazias. Ele checou seus arredores, destrancou a porta e a trancou mais uma vez assim que adentrou o ambiente.

Havia um cheiro metálico sufocante no ar e estava muito escuro lá dentro. Um arfar assustado encheu a sala, ao que Seokjin suspirou, impaciente, virando-se para a origem do som.

— Já tomou uma decisão? — ele perguntou, seu tom e postura rígidos como diamantes.

— Alteza — a garota em frente a ele gaguejou, soltando um gemido de dor. Seus braços feridos estavam erguidos, presos por correntes que saíam do teto. — Por favor, me deixe viver.

— Responda a pergunta! — o rei berrou, chutando as pernas da garota com uma fúria descontrolada. — Morrer é a menor de suas preocupações. Há coisas muito piores do que morrer.

Ela deu um grito abafado pelas próprias mãos ao sentir o bico de aço das botas do rei acertar outros machucados de dias anteriores. Seokjin havia deixado bem claro que seria ainda pior se ela gritasse.

— Eu... Sim, majestade, eu tomei uma decisão.

— Desembuche, antes que eu perca a paciência com você, verme inútil.

— Eu irei lhe contar tudo, cada mínimo detalhe, se eu puder viver — ela implorou. Na verdade, era um blefe arriscado, mas era o máximo que podia fazer naquele momento.

— Quem decide se vive ou não sou eu, Dayoung. Por traição, você já deveria ter sido enforcada dias atrás, orquestrando esse plano estúpido com a minha mulher — Seokjin advertiu, cuspindo no chão ao lado da criada. — Do que mais você sabe?

O Segredo do Príncipe | ShowkiOnde as histórias ganham vida. Descobre agora