Em um reino comandado por um rei tirano, o príncipe Hyunwoo é forçado a um casamento arranjado. Contudo, ele se apaixona pelo enigmático criado Kihyun. Com seus corações entrelaçados, suas vidas são atormentadas pelos segredos obscuros do castelo. E...
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O salão do castelo reluzia sob o brilho das velas, enquanto uma cerimônia formal se iniciava no reino de Hwangguk, diante do príncipe Son Hyunwoo. Ele estava envolto em trajes reais de tecidos caros que não conseguiam protegê-lo da tensão que o consumia por dentro. Seu coração batia descompassado, uma mistura de ansiedade e repulsa pelo que estava por vir.
Ao seu lado, o seu pai e rei Son Seokjin observava com uma expressão impenetrável, seus olhos frios escondendo as verdadeiras intenções por trás de sua máscara de simpatia forçada.
O Rei possuía uma figura imponente e robusta, com estatura alta que o fazia sobressair entre os presentes. Seus ombros eram largos e sua postura ereta, denotando uma presença dominante. A barba bem cuidada, os cabelos grisalhos parcialmente grisalhos penteados de maneira impecável e o rosto marcado por linhas de idade completavam sua imagem de autoridade.
Era um homem que exigia obediência cega, um tirano cuja parte positiva de sua personalidade, caso existisse, estava eternamente oculta sob camadas de ambição e manipulação.
O reino de Seokjin estava à beira da falência devido ao fracasso econômico. Ele pensou numa solução: encontrar uma família real financeiramente estável com uma princesa. Seu filho poderia casar-se com ela e, assim, obter acesso à sua fortuna.
Hyunwoo tentava disfarçar sua aversão, curvando-se diante dos nobres estrangeiros com uma falsa reverência. Ele sabia que este casamento era apenas mais uma peça no jogo de poder de seu pai, uma tentativa de solidificar alianças e aumentar sua influência sobre os reinos vizinhos.
Claro que Hyunwoo não compactuava com aquilo. Não estava com a mínima vontade de se casar em breve, que dirá de se casar com alguém que mal conhecia, de forma forçada. Esse plano não soava agradável para ele, mas ali estava ele, à mercê das ordens do pai.
Enquanto mais convidados chegavam, Hyunwoo sentia o peso das expectativas em seus ombros, sua respiração contida como se estivesse prestes a sufocar sob o jugo do destino que lhe fora imposto. Ele podia sentir o olhar penetrante do rei, como se estivesse sendo julgado a cada movimento, a cada palavra — e de fato estava. Seokjin estava avaliando sua performance de um príncipe feliz, com uma ótima relação com o pai e que aprovava toda aquela situação.
A rainha Sooyoung, uma figura delicada e gentil, percebeu a angústia no rosto de seu filho e se aproximou dele com um toque suave no ombro. Seus olhos se encontraram em um instante de entendimento silencioso e discreto, sem palavras sendo trocadas. Em meio à agitação do evento, a rainha ofereceu um sorriso reconfortante, transmitindo todo o amor e apoio que ela podia oferecer em meio às circunstâncias sem despertar muitas suspeitas. O rei estava distraído no momento, dando boas-vindas a aliados e outros conhecidos, gargalhando alto com um marquês esnobe do qual o príncipe nem sequer recordava o nome.
