Capítulo Três.

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       Estava em pânico. Cada passo para frente eu queria dar dois para trás, minhas mãos soavam e a tensão dominava meu corpo, pois eu iria encontrar Pete, o gatinho lindo e perfeito que trabalhava em uma cafeteria e que eu estava o admirando, sim, admirando. Por que eu não estou apaixonado, merda, é impossível.

      Amor a primeira vista não existe, ou pelo menos não deveria existir. Assim que atravessei a rua não pude evitar de roubar uma das rosas do canteiro de uma senhora, provavelmente ela gritaria "Pegue ladrão! Ladrão de flores!" Mas isso não aconteceu. Ela não gritou ou ficou brava como aquelas velhas das novelas, apenas acenou e claramente a retribui. Estava próximo da sorveteria quando meus olhos caíram sobre Pete sentado no meio fio com seu fone ele estava extremamente fofo balançando a cabeça no ritmo de alguma música. Fiquei apreensivo no mesmo momento, o que eu deveria fazer? Minha mente piscava um alerta vermelho que ecoava em um som alto e estrondoso fazendo com que eu me virasse de costas em completo pânico.

PORRA, PORRA, PORRA, PORRA, PORRA!

  Meu coração batia com tanta força que parecia querer sair do peito, minha respiração acelerada ao que tentava me acalmar mascando um chiclete, Pete estava ali, a menos de 15 passos. Ele veio mesmo não era uma miragem, mordi o lábio inferior e quando me virei ele estava a um passo de distância.

    Aquele sorriso fez com que meu estômago se revirasse e com que eu ficasse extremamente vermelho, ver ele sem aquele uniforme de trabalho fazia ele ficar ainda mais lindo, era perfeito. Me pergunto como alguém poderia ser tão belo quanto ele, aquela pele branca como a neve, os fios tão escuros quanto os meus, aquele sorriso que fazia todos os meus problemas desaparecerem e aqueles olhos, malditos olhos. Talvez, eu estivesse fora da razão por admirá-lo desta forma, por sentir meu estômago se retorcer e meu coração disparar como se estivesse tendo um taquicardia. Estava louco, com toda certeza.

    Respirei fundo três vezes seguidas antes de estender a rosa para ele, pude observar suas bochechas ganharem um rubor enquanto levava a rosa até o nariz, cheirando e ficando encantado com o aroma.

— Estava fugindo de mim? E pra se desculpar me deu a rosa? É linda, muito obrigado. — Agradeceu em um sorriso ao que entrelaçava nossas mãos e me puxava para dentro do local sem que eu tivesse sequer tempo de surtar com o contato físico. — Qual sorvete você quer? acho que quero de creme e chocolate, são os melhores.  — Ele disse animado e apenas o encarei por curtos segundos antes de confirmar que era um sabor excelente.

— Chocolate e menta.

— Menta? Uau, diferente. — Ele riu e eu fiz o mesmo automaticamente, ele me deixa completamente bobo com os atos mais simples.

— Menta tem uma refrescancia incrível e tudo que tenha chocolate é perfeito.

    Fiz os pedidos e levei os sorvetes até a mesa. Entre me sentar a sua frente e me sentar ao seu lado, eu escolhi me sentar ao lado dele, a ponta de nossos dedos encostaram levemente quando ele pegou a taça de sorvete da minha mão e eu tive que conter meu surto interno, nosso olhar se conectou e pude notar o rubror em sua bochecha, ele estava tímido e apenas conseguia conquistar ainda mais meu coração dessa maneira, tudo o que fazia parecia que me tirava de órbita.

— Obrigado. — Ele me agradeceu ao que se encolhia levemente no banco, forcei meus olhos a deixar sua bela imagem e virar para o sorvete. — Hum, tão delicioso.

— Realmente, essa deveria estar no top 3 melhores sorveterias da cidade. — Ele concordou e me fez sorrir ao que o cantinho de sua boca ficou sujo.

𝐒tories 𝐂afe × VegasPeteWhere stories live. Discover now