Capítulo Cinco

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   Eu o beijei, depois de tanto tempo finalmente beijei, Pete Saengtham. Pena que foi nos meus sonhos.

   Se eu fosse citar tudo o que aconteceu naquela cafeteria, provavelmente se resumiria a: encontro amoroso sendo planejado, risadas, descobertas e um pouco de tensão sexual. Ah, e principalmente o carinho que ganhei no rosto.
Ainda podia sentir seus dedos deslizando pela minha pele e a troca de calor de nossos corpos, era isso que mais amava em meus encontros com Pete, a forma como nossos corpos falavam sem precisar de palavras, os toques, sorrisos e principalmente o olhar.

     O rádio da cozinha estava ligado ao que eu mexia meu corpo para lá e pra cá ao som de Smooth Operator. Matias não viria hoje pois estava ocupado demais saindo com uma nova pretendente. E bem, minha casa tava um caos, então estava aproveitando para passar um pano enquanto ajeitava tudo para receber meu próprio pretendente, vulgo Pete.
Ainda não sei de onde tirei coragem de chamar ele para vir na minha casa em um jantar, sendo que mal sei cozinhar pra mim mesmo.

     Será que se eu pedir delivery ele vai acreditar que eu cozinhei? Não, eu acho que não.

     Liguei o celular e coloquei no primeiro canal no YouTube que apareceu sobre como preparar uma lasanha. Claramente resultou em algo aparentemente desastroso, mas cheirava bem, então Pete podia sim gostar da minha comida feita pelas minhas próprias mãos. Mas era cinco da tarde e ele viria às oito, então ainda tinha 3 horas pela frente, a lasanha iria esfriar, merda! Era cedo demais para cozinhar mas como dizem… Deus ajuda quem cedo madruga.

     Vamos lá Deus, faça Pete gostar de mim. Preciso conquistar ele nem que seja pela barriga.

     O que acompanha bem uma lasanha? Talvez um pouco de arroz, ah! Isso eu era mestre em fazer, gostava demais de um arroz com peito de frango e era minha comida dos últimos quatro anos, quer dizer… As vezes eu pedia delivery porque cozinhar é uma merda.
Olhei para o relógio no meu pulso e então decidi que era um bom momento para tomar um belo banho.

       Gemi de satisfação quando senti a água deslizar pelo meu corpo relaxando meus músculos tensos. Estava ansioso demais para ver o garoto que além de conquistar meu coração também ganhou minha alma, por que tudo em mim gritava por Pete, seu toque, sua atenção e sua voz. Quero que ele direcione tudo para mim, apenas para mim.
Quando sai do banheiro estava enrolado em uma toalha e então era a hora mais difícil de todas.

      Escolher uma roupa, eu tinha três opções: Social de pobre, Adulto que não sabe se vestir e ah, um cara com conceito de velho. Porra, eu seria uma vergonha se fosse o namorado dele, enquanto ele se veste lindamente com aquela calça cargo marrom e a blusa preta de gola alta que mostrava um pouquinho daquela barriguinha linda, aí, eu amava o quão lindo ele ficava com qualquer roupa, eu podia ver ele de cueca de coração que ele ainda seria perfeito.

     Optei pelo look “um cara com conceito de velho” me perdoe amado Pete, eu juro que não sou um vovô de setenta anos, mas eu gosto dessas roupinhas.

      Meu cabelo estava grande e precisando de um corte, olhei para a tesoura e ela olhou para mim, mas antes que eu pudesse pensar em cortar recebi uma ligação por vídeo de Matias, e logo atendi o vendo em um restaurante chique que devia valer mais que meu apartamento todo e olha que eu pago aluguel.

— O que foi? — Perguntei ao que penteava meus fios escuros e então ri quando ele se aproximou, seus olhos azuis na câmera enquanto arqueava as sobrancelhas. — Fala logo e para de me encarar como um maluco.

— Onde vai? Tá se arrumando todo. Você está com atitudes bem suspeitas. — O vi cumprimentar uma bela moça que passou. — Acho que tomei um bolo, Sabrina não apareceu ainda e estou esperando ela a uns 30 minutos.

𝐒tories 𝐂afe × VegasPeteWhere stories live. Discover now