Navegar com a corrente

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Draco jogou a cabeça para trás, batendo na parede. Então ele balançou-o para frente e para trás periodicamente, de olhos fechados, xingando baixinho. sim era um plano fácil: ele só tinha que sair de Wiltshire em direção ao norte, passando pela Corvinal, porque era mais seguro do que ir em direção à Lufa-Lufa e chegar à Grifinória para encontrar seu padrinho e fazer com que ele o levasse para um lugar seguro.

Mas Draco não costumava pensar demais nas coisas e decidiu que era uma boa ideia ir a um mercado lotado e depois correr em direção ao cais, onde obviamente não havia saída. Sua ideia culminante foi embarcar naquele navio abençoado que navegava sabe Deus para onde, com uma dezena de marinheiros que certamente o queriam morto.

Ele colocou as mãos no rosto, puxando os joelhos até o peito para se enrolar em uma bola. Ele não sabia há quanto tempo estava ali, mas deviam ter se passado horas porque o medo desde o início, transformou-se em pânico e, finalmente, em fadiga. Nesse ponto, tudo o que lhe restou foi a resignação.

Ele ouviu a porta se abrir de repente. Ele se endireitou, levantando-se e encostando-se na parede. Botas marrons batiam nas escadas de madeira e logo um homem de pele escura, vestido inteiramente de branco, apareceu na frente dele.

— "Eu sou Blaise Zabini, segundo oficial em comando e a partir de agora a pessoa que você irá obedecer" – ele se apresentou com um sorriso. — "Qual é o seu nome?"

Ele o estudou com desconfiança, embora sua expressão não parecesse conter nenhum traço de malícia. Se bem se lembrava, ele foi um dos que disseram que a lenda dos áureos era mentira.

— "Draco" – ele murmurou.

Quando o negro viu que ele não iria acrescentar mais nada, assentiu e entregou-lhe algo que carregava na mão.

— "Troque de roupa ou você morrerá de calor se usar isso quando sair para o convés."

Em cima da pilha de roupas havia uma maçã verde que Draco imediatamente agarrou e devorou ​​em poucos segundos. Zabini olhou para ele com um sorriso no rosto.

— "O que? –Ele questionou, mastigando a fruta.

— "Troque-se" – O homem ordenou. – "Temos coisas para fazer."

— "Que coisas?"

— "Troque-se"

Ele bufou, revirando os olhos.

— "Você poderia pelo menos se virar?" – Insistiu o loiro.

O outro olhou para ele de sosleio, antes de concordar com seu pedido e se virar. Draco rapidamente tirou as roupas e vestiu as que lhe deram. No fundo ele tinha que agradecer por isso, pois suas roupas foram feitas para um clima mais frio e principalmente para cobri-lo completamente. Naquele momento ele não tinha mais nada a esconder, então era tolice manter um capuz na cabeça.

Assim que ficou pronto, eles saíram do porão. O sol bateu diretamente em seu rosto e o vento fresco sacudiu seu corpo por alguns momentos. O navio parecia grande por fora, mas por dentro era enorme. Draco olhou boquiaberto para todos os marinheiros atualmente cumprindo suas funções.

— "Onde estamos indo?" – ele perguntou curioso.

— "Cada um tem uma tarefa que deve cumprir, desta forma cada um tem uma função aqui dentro" - respondeu Zabini.

Ele presumiu que sua curiosidade não seria satisfeita.

— "E o que isso tem a ver comigo?"

Blaise atravessou o convés, instando-o a segui-lo.

— "Agora você está aqui" – explicou ele. – "E vai ter que trabalhar em alguma coisa."

Ele deu um bufo sarcástico.

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