é normal, doutor?

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Entre uma consulta e outra, o dia rapidamente passou.

Quando ele olhou seu relógio de pulso faltavam apenas dez minutos para as sete da noite. Sua última paciente e estaria livre para descansar o final de semana inteiro.

Saiu da sala até a recepção vazia e com as mãos dentro dos bolsos do jaleco se aproximou da mesa.

— Você pode levar um café até a minha sala? – pediu de uma forma educada para Amanda.

Passar o dia fazendo as mesmas perguntas, escutando as mesmas respostas lhe causava um tremendo sono.

Amava sua profissão. Não tinha dúvidas disso, sempre foi apaixonado por saúde e por ajudar as pessoas nisso, mas quando entendeu que realmente queria cuidar da saúde da mulher não pensou duas vezes em focar toda sua carreira na ginecologia.

Mas como tudo na vida, as vezes você entra na rotina e as coisas vão ficando um pouco mais entediantes.. fato.

Amanda abriu um sorriso cafajeste de quem escutou um pedido com segundas intenções, – o que não era o caso.

— Claro que levo, doutor.. Agora mesmo. – ela levantou se empinando toda.

O elevador no fim do corredor abriu e uma mulher toda de preto saiu de dentro. Alexandre já estava voltando até sua sala, mas seu corpo parou por puro instinto e ele não se conteve em observar a mulher vindo em sua direção.

 Alexandre já estava voltando até sua sala, mas seu corpo parou por puro instinto e ele não se conteve em observar a mulher vindo em sua direção

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Era loira. Um detalhe super importante. Era maluco por loiras, não poderia negar. O cabelo era curto, platinado e liso de um jeito completamente hipnotizantes.

Seus olhos se encontram naquele milésimo de segundos.

Era ela.

Era ele.

Amanda entrou na frente de seu campo de visão com os olhos confusos e uma bandeja com café e biscoitos.

— Doutor?

Com um pigarro ele se recompôs e entrou na sala.

Amanda deixou a bandeja na mesa dele e saiu fechando a porta em seguida. Olhou a loira dos pés a cabeça com o seu sorriso falso de sempre antes de sentar no seu lugar.

— Boa noite, você deve ser a Giovanna. – disse olhando a ficha no computador. — O Doutor já vai lhe chamar e poderá entrar na sala.

— Obrigada. – foi breve na resposta.

A loira procurou se sentar em uma das cadeiras bonitas da recepção e reparou bem em como aquela clínica era a mais elegante que já havia pisado.

Abriu a bolsa pegando o celular de dentro e olhando as horas. Sete e cinco. O doutor estava atrasado.

Digitou uma mensagem rápida para Alessandra que já estava perguntando se ela iria mesmo ao bar mais tarde para conhecer o peguete do momento que a morena não parava de falar um segundo.

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