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vou ter que ser a primeira?

Ela sentiu seu corpo travar na cadeira do bar quando olhou para a rua e viu uma BMW X3 M40i estacionar.

Era um carro robusto, enorme, e lindíssimo.

Mas o homem que desceu dele era mil vezes mais.

Ela comprimiu os lábios quando avistou o seu mais novo ginecologista ativar o alarme do automóvel e andar até o a sua mesa de cabeça baixa, concentrado no celular.

— Aqui, Nero. – o amigo gritou mais alto da mesa.

Ela se preparou para assistir qual seria a reação dele em vê-la ali depois de tudo que aconteceu no consultório.

Alexandre sentiu um puta arrepio quando notou a loira sentada na mesa. Ela usava um vestido vermelho, tinha um sorriso de lado profano naqueles lábios carnudos e a maquiagem em seu rosto a deixava ainda mais linda.

Precisava ser tão bonita?

Rapidamente entendeu que ela era a amiga que a tal ficante de Rodrigo trouxe, não pôde deixar de xingar.

— Chega mais, cara. Deixa eu te apresentar a Alessandra e a amiga dela, Giovanna.

Alexandre cumprimentou a morena com dois beijos no rosto, deu a volta na mesa e se aproximou da loira.

Giovanna percebeu que ele travou, então ela mesma se aproximou apoiando as duas mãos nos ombros dele e se equilibrou nos saltos para ficar na ponta dos pés e dar os dois beijinhos típicos de todo carioca raiz.

Sentiu a mão do médico tocar de leve sua cintura, mas ele logo se afastou. Desceu os olhos com raiva por todo corpo dela e praguejou na mente vários xingamentos e maldições para ela.

Não tinha necessidade de ser tão cheirosa assim.

— Senta, cara. Vai beber o que? – Rodrigo perguntou e fez um sinal para o garçom.

Giovanna levou sua cerveja aos lábios e deu dois goles generosos. Estava com tanta sede.

— Vou querer um choppinho também. – ele soltou as chaves do carro na mesa e passou os dedos entre os seus fios grisalhos. — Alessandra você é uma lenda de tanto que esse cara fala de você. É maravilhoso finalmente te conhecer, você é realmente lindíssima.

Por acaso do destino ou coincidência, ele puxou a única cadeira vazia que tinha na mesa de quatro lugares.

Exatamente ao lado dela. De frente para Rodrigo, e ela de frente para a amiga. Parecia até um encontro de dois casais, uma pena que não era.

Giovanna já estava no terceiro copo de chopp, seu corpo já estava leve e a sua mente ainda mais. Seu tesão ficava sempre maior quando bebia qualquer tipo de álcool e ela não sabia se era uma boa ideia dadas às circunstâncias.

— Ah, então você vai mesmo insistir pra mim que nunca quebrou esse protocolo e ficou com uma paciente?

Alessandra cruzou os braços encarando Rodrigo com os olhos semicerrados. Não prestou atenção em como eles chegaram nesse assunto, mas chegaram.

Alexandre deu um sorriso de lado.

— Te juro, morena. Eu nunca tive tesão em grávida e eu sempre atendo mulheres casadas, na maioria das vezes.