para de resistir

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O calor era tão grande que ele teve que levantar da mesa atraindo a atenção dos outros.

— Onde você vai? – Rodrigo quis saber.

— Pegar outra bebida. – respondeu aflito, nervoso e com o corpo começando a suar novamente.

Ele entrou para dentro do bar e a loira segurou o sorriso sabendo que o motivo tinha sido causado por sua culpa.

Simplesmente descobriu que amava deixá-lo assim tão nervosinho. Era afrodisíaco demais dar em cima dele e assistir todo o esforço que ele fazia para não ceder.

Giovanna esperou algum tempo para não dar tão na cara assim e foi atrás dele. Alessandra conhecendo bem a sua amiga, já sabia que coisa boa não sairia disso.

— Eles estão flertando pra caralho ou é impressão minha? – ela disse cutucando o outro médico.

Ela está flertando.. Quer dizer, ela está indo com tudo pra cima. Ele está parecendo apavorado. Eu nunca vi ele assim antes. – Rodrigo adiantou, olhando para dentro.

— Acha que ele não está interessado? – ela quis saber.

Rodrigo riu, negando com a cabeça.

— Não tem como essa possibilidade existir, morena. Ele está louco por ela, eu consigo enxergar daqui. Só que foi um erro ela se consultar com ele porque o Alexandre não vai ceder de jeito nenhum e vai fugir. Que merda, ela faz muito o tipo dele.

— Nem fora do consultório rolaria? Aqui eles não são médico e paciente. – ela sondou.

— Pra ele não existe isso. Paciente é paciente e pronto.

Rodrigo realmente se lamentou pelo amigo. Justo o tipo de mulher que ele ficava doido, loira gostosa dos cabelos curtos, olhar selvagem e com a personalidade livre.

Alexandre procurou dar ouvidos a conversa de uma loira que estava no balcão do bar, mas não prestava atenção.

Era linda, corpão de academia e cabelos longos até a bunda.

Sentiu o cheiro do perfume que só havia sentido uma vez e pigarreou com o incômodo causado pelo frio na espinha que sentiu ao notar a sua paciente sentando ao seu lado direito no bar.

— Eu quero um dry martini por favor. – ela pediu para o barman, os olhos fixos no médico ao seu lado.

— E você trabalha com o que? – escutou a voz melosa da mulher ao lado esquerdo dele perguntar.

Não conteve a risada. Atraiu o olhar que tanto queria, o dele.

— Ele é ginecologista. O melhor que eu já tive o prazer de abrir as pernas até hoje. – notou a mulher arregalar seus olhos, mas sorriu. — Eu me refiro ao exame que fiz.

Alexandre inflou as narinas com a audácia dela.

Ele se virou de costas tentando não se abalar com toda a presença dela ao seu lado, tentou muito. Puxava assunto com a coitada que já sabia que não rolaria nada ali, mas permaneceu ao lado do médico como uma sangue suga.

Giovanna se cansou e voltou para a mesa. Adorava jogos mas não curtia ser ignorada, era até excitante no começo mas ele já estava indo longe demais.

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