Capítulo 31 - Meddy

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— Eu não queria que fosse assim — ele disse quase deixando as lágrimas caírem.

— Mas vai ser assim!

Ele olhou para os três, e percebeu que não conseguiria lutar contra eles, então saiu correndo e atravessou o portal. Eles tentaram correr atrás dele, mas Luke foi mais rápido.

— Como vocês sabiam? — Percy perguntou curioso.

— A Meddy disse que tinha uma ideia de quem havia roubado o Raio, então ela foi até o Quíron e perguntou pra ele se ele tinha falado com o Luke, e ele disse que não — Annabeth comentou — então a gente veio e ouviu tudo — explicou.

— Você sabia? — Percy perguntou a sua irmã.

— Não, diretamente não, mas eu tive uma suspeita no Tártaro — ela comentou — por causa do tênis, o Luke que deu o tênis pra você, só ele podia ter lançado uma maldição no tênis, já que só ele e o Chris sabiam onde o tênis tava — Meddy informou — o resto a gente já sabe.

Percy foi levado até a enfermaria, eles contaram à Dionisio e Quíron o que havia acontecido, mas todos perceberam que Meddy parecia meio distante e nem a culparam por isso.

Enquanto Percy e Annabeth procuravam Grover para contar o que havia acontecido, Meddy voltou ao chalé, e viu uma caixinha com uma carta em cima de sua cama, ela ficou intrigada, ela pegou a caixa e a abriu. Na caixa havia um colar de couro com uma peróla nele, ela pegou o colar na mão e sorriu. Então pegou a carta, e assim que abriu, ela percebeu, era do Luke.

Primeiro ela pensou em rasga-la ali mesmo, mas a curiosidade foi mais forte, portanto ela começou a ler.

"Peixinha, se você ta lendo isso, já sabe que eu roubei o Raio e o Elmo, pedi pro Chris entregar pra você assim que eu e o Percy fossemos a floresta. Eu deveria ter falado, e você provavelmente iria me impedir, mas eu tive que fazer, um dia você vai entender, quando a Era de Ouro voltar, você vai saber.
Eu to indo embora do acampamento, e eu só queria te dizer uma coisa, me reijeita, por favor, me rejeite. Eu gosto de você Andrômeda Stephens, eu acho que to me apaixonando por você, você é incrível, linda, dedicada, forte, inteligente, poderosa e eu jamais teria você do meu lado, porque você é leal e jamais trairia a confiança do Poseidon.
Então me rejeite, diga que me odeia, queime essa carta, queime minhas coisas, me esqueça. Preciso saber que você me odeia e que me rejeita, pra que eu não tenha esperança, mas se não rejeitar...

Deixa pra lá, me rejeita, por favor.

Luke"

Ela se segurou para não chorar, apenas fechou a carta e saiu, foi até a praia. Já que eles pararam a comemoração após o ocorrido na floresta, e Quíron mandou todos de volta a seus chalés. Mas Meddy foi a praia, sentou perto de uma árvore perto do pavilhão do refeitório e ficou sentada lá.

A garota olhava para a água a sua frente, e lembrava de cada palavra de Luke, cada palavra dele eram como facas afiadas cortando seu coração em pedaços. E finalmente ela se permitiu sofrer, estava segurando o choro e o olhar de desapontamento desde o momento em que olhou nos olhos de Luke.

Assim que a primeira lágrima deslizou em seu rosto, uma chuva caiu, como a chuva que ela aproveitou com Luke quase duas semanas antes, mas dessa vez, ela estava ali sozinha, sentindo a dor da traição dele.

Mas aquela chuva não era natural, um deus a causou, Meddy nem se quer percebeu que Poseidon estava perto dela. Mas ela finalmente olhou para trás, pensou que era Percy ou talvez Annabeth, mas era seu pai.

— Pai? — ela disse tentando fingir que não estava chorando.

— Minha pérola, vem aqui — ele disse abrindo suavemente os braços em sinal de abraço.

(1) Daughter of the Sea - Luke Castellan Where stories live. Discover now