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Rosalie olhou para Emmett, seus olhos refletindo a luz do pôr do sol que banhava as antigas decoração do casal com um brilho acinzentado do clima frio de forks. "Como você pôde?" ela sussurrou, a dor clara em sua voz.

Emmett, com o olhar perdido no horizonte, respondeu com uma voz rouca, "Eu nunca imaginei que isso aconteceria, Rose. Eu te amei desde o momento em que te vi, mas quando eu a encontrei, algo dentro de mim mudou."

"Mas eu era sua companheira!" Rosalie protestou, as lágrimas começando a formar-se em seus olhos. "Nós caçamos juntos, viajamos o mundo, compartilhamos incontáveis amanheceres. Como ela pode ser sua verdadeira companheira depois de tudo isso?"

Emmett se virou, encarando-a diretamente. "Eu não sei, Rose. O amor é um mistério, até mesmo para alguém como eu. Tudo o que sei é que o coração quer o que quer, e o meu... o meu encontrou um novo lar."

Rosalie balançou a cabeça, incapaz de aceitar suas palavras. "Então, um ano atrás, naquela caçada, foi quando você percebeu?" ela perguntou, sua voz quase um sussurro.

"Sim," Emmett admitiu, "foi quando eu soube. E eu lamento todos os dias por te causar essa dor."

O silêncio caiu entre eles, tão pesado quanto as sombras que começavam a se estender pelas colinas. O amor que eles compartilharam estava mudando, transformando-se em algo novo e desconhecido, assim como as estrelas que começavam a aparecer no céu acima deles.

Emmett respirou fundo antes de abrir a porta do quarto, sabendo que o que estava prestes a fazer mudaria tudo. Rosalie, escondida nas sombras, observava cada movimento seu, o coração pesado com uma mistura de tristeza e resignação.

"Esta é Malia," Emmett anunciou, sua voz ecoando pelo corredor que levava à sala de estar dos Cullen. A figura ao seu lado, uma mulher com olhos tão profundos quanto o mar Egeu, deu um passo hesitante para a frente.

Os membros da família Cullen olharam surpresos, mas com uma aceitação que só uma família eterna poderia oferecer. Carlisle foi o primeiro a se aproximar, estendendo a mão em boas-vindas. "Seja bem-vinda à nossa família, Malia."

Rosalie, ainda escondida, sentiu uma pontada aguda no peito. Ela sabia que Emmett não era mais dela, mas a realidade da situação só se tornou palpável naquele momento. Ela ouviu as palavras de boas-vindas de Esme e as piadas de Jasper, tentando aliviar a tensão. Alice aproximou-se de Malia com um sorriso acolhedor, enquanto Edward permanecia em silêncio, seus pensamentos indubitavelmente tão tumultuados quanto os de Rosalie.

A noite avançou, e Rosalie permaneceu sozinha no quarto, seus pensamentos girando em torno da ironia do destino. Ela, uma estátua de beleza imortal, agora enfrentava a mais humana das dores: a perda de um amor. E enquanto a família Cullen acolhia Malia ,Rosalie se perguntava se algum dia seu coração ferido encontraria um caminho para a cura.

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Rosalie caminhou silenciosamente até a cozinha, onde a luz da manhã já se infiltrava pelas janelas. Lá estava malia, sozinha, uma xícara de café em suas mãos.

"Espero que esteja ao seu gosto," Rosalie disse, sua voz fria, sem esconder o ressentimento.

Malia olhou para cima, surpresa por Rosalie ter quebrado o silêncio entre elas. "Sim, está... está delicioso, obrigada," ela respondeu, cautelosa.

"Não precisa me agradecer," Rosalie retrucou, cruzando os braços. "Afinal, parece que você já tem tudo o que queria."

Malia suspirou, colocando a xícara na mesa. "Rosalie, eu nunca quis causar dor a ninguém. O que aconteceu entre Emmett e eu..."

"Não," Rosalie a interrompeu, levantando a mão. "Não fale como se você soubesse o que é perder algo precioso. Você não sabe."

Houve um momento de silêncio antes de Malia falar novamente. "Talvez eu não saiba," ela admitiu. "Mas estou disposta a entender e, se possível, encontrar uma forma de convivermos em paz."

Rosalie olhou para malia, os olhos ainda cheios de mágoa. "Paz," ela murmurou. "Vamos ver quanto tempo ela dura."

Com essas palavras, Rosalie deixou a cozinha, deixando malia sozinha com seus pensamentos e o amanhecer que prometia um novo começo, mesmo que incerto.

Rosalie caminhava pelo corredor, seus passos ecoando contra o mármore frio, quando Emmett apareceu à sua frente. "Ursinha, por favor, podemos conversar?" ele pediu, a urgência clara em sua voz.

Ela não parou, nem mesmo olhou para ele, sua postura rígida e o olhar fixo à frente. "Não há nada para conversar, Emmett," disse ela, sua voz tão fria quanto o ar da manhã.

Ele deu um passo em sua direção, mas Rosalie já estava longe, saindo pela porta da frente. Emmett ficou parado, observando-a se afastar, a dor e o arrependimento evidentes em seus olhos.

Do lado de fora, o carro dos Cullen já estava ligado, o motor ronronando suavemente. Alice, Jasper, e Edward estavam lá, cada um perdido em seus próprios pensamentos sobre os eventos recentes. Rosalie entrou no carro sem uma palavra, e eles partiram para mais um dia na escola, deixando para trás a casa que uma vez foi cheia de alegria e agora estava silenciada pela tensão e pelo coração partido de Rosalie.

O estacionamento da escola estava vivo com o som de conversas e risadas enquanto Jasper manobrava o carro para a vaga designada. Os irmãos Cullen saíram um a um, mas Rosalie permaneceu, imóvel no banco de trás, perdida em pensamentos tumultuados. "O que vai ser de mim agora?" ela se perguntava, uma pergunta que ecoava em sua mente como um refrão doloroso.

Ela foi arrancada de suas reflexões pelo som do jeep de Emmett estacionando ao lado. Com um suspiro pesado, ela viu Emmett e malia saírem do veículo, de mãos dadas, um lembrete visual da mudança que abalou seu mundo. Rosalie fechou os olhos, tentando bloquear a imagem, e encostou a cabeça no banco, permitindo-se um momento de vulnerabilidade longe dos olhares curiosos.

A dor era uma companheira constante agora, uma sombra que a seguia silenciosamente. E enquanto os sons da escola continuavam ao redor dela, Rosalie se perguntava se haveria um momento em que a dor daria lugar a algo novo, ou se ela seria para sempre definida por essa perda.

Fresh start - Rosalie HaleWhere stories live. Discover now