C. 4

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Pietro

A noite estava brilhosa como todas as vezes em que tiro a vida de uma pessoa. Não sei porque isso acontece. Às vezes penso que talvez seja para me deixar mais motivado.

Batuquei os dedos na mesa em minha frente, encarando o bar um pouco vazio. Sempre era assim. O bar nunca ficava muito frequentado. Quer dizer, não quando estou aqui. Isso me faz pensar que talvez soubessem o que faço, mas isso seria impossível. Sou cauteloso e cuidadoso demais. Alisei a borda do copo redondo, vendo o líquido marrom brilhando através do vidro, reluzindo as bolhas mínimas ali.

Com a outra mão, bati na ponta do cigarro, fazendo a ponta queimada cair, e então o apaguei, colocando o rolo pequeno no canto, fazendo o mínimo de sujeira.

Eu gostava de relaxar após um trabalho. Minha cabeça latejava pelo estresse. Aprendi a viver nisso desde os dezenove, apesar de sempre vivenciar tais coisas na adolescência. Meu primeiro crime foi roubar um relógio caro numa loja, e isso foi se aprofundando até entrar eu na gangue e assumir o controle. Foi tudo tão rápido que recebi elogios por ser tão frio e esperto em tão pouco tempo. A partir daí eu pouco me importo com outra coisa que não seja eu.

- Senhor?

Levantei a cabeça, fitando o homem me olhando. Ele estava atrás do balcão. Roger. O dono do bar.

- Estaremos fechando em meia hora. - avisou.

Eu sei.

Minha vinda diária me fez memorizar todos os passos, afazeres e horários dele. Eu sabia quando ele abria e fechava o bar.

O sininho tocou, anunciando a chegada de novos clientes. Isso me fez rir por presumir que ele terá que fechar mais tarde hoje. Agarrei o copo e virei, bebendo o whisky e estalando a língua enquanto jogava minhas costas para trás, vendo os três se aproximarem do balcão.

Só um idiota não notaria que havia algo errado.

Passei muito tempo aqui para saber dos rostos que frequentavam o local, e esses nunca vieram aqui. Seus portes másculos mostravam seus treinos diários, assim como seus comportamentos. Suas expressões relaxadas eram forçadas. Os ternos já diziam que os três ali trabalhavam para alguém.

- O que desejam? - Roger perguntou.

Um deles olhou para baixo, vasculhando os olhos no cardápio e procurando falsamente seu pedido.

Fiquei na minha.

Se forem algum dos meus inimigos, como eles me acharam aqui?

- Apenas uma água, por favor? - o do lado esquerdo respondeu. - Viemos de longe e estamos cansados.

- Viagem? - Roger questionou.

- Sim. - o mesmo homem assentiu. - Tivemos que fazer uma viagem de última hora, pois estamos procurando uma pessoa. Você poderia nos ajudar?

- Sim. - o dono do bar respondeu. - Como posso?

- Nos dando uma informação. - o outro falou. - Algum homem apareceu aqui recentemente? - perguntou.

- Além de vocês? Não.

- Muitos conhecem como "O Sicário". Já ouviu falar em algum nome assim? - insistiu.

Roger franziu a testa, suja expressão mostrava que ele estava pensativo, procurando algo em sua mente. Porém, ele não tinha.

- Não. - respondeu. - Sinto muito. - falou. - Eu recebo muitos clientes aqui, e tenho certeza que se eu ouvisse esse nome, eu me recordaria.

- Ah, sim. Entendo. - eles responderam.

- Ei, senhor! - Roger chamou. - Você conhece alguém conhecido por esse nome?

Flames Of RevengeTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang