22- O início da tragédia ( parte 2)

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Aos pouquinhos a autora termina esse livro,se oxalá quiser!

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Kisses Kisses

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O nervosismo tomava conta do meu peito,minhas palpitações ansiosas poderiam ser ouvidas a 10 quilômetros. Tudo que envolve ele acaba em tragédia.
Não sei se estava nervosa por mim, pela garota ou por ele,mas de uma coisa eu sabia hoje iria recomeçar o ciclo que achei ter encerrado.

—Pare agora mesmo! —Dean, a gritou quando ela tentou descer a escadaria enorme.—Ou irei providenciar saúde expulsão e a colocarei na rua por mal comportamento.

A garota parou no topo da escadaria e é possível ver seu corpo trêmulo, acho que quase todas as meninas que moram aqui são órfãs ou não tem para onde ir é por isso que tem tanto medo de ser expulsas. É melhor sair daqui com a maior idade e com bons componentes na sua ficha do que sair com maus componentes e conhece Dean e sei como ele é capaz de estragar a vida de alguém.

Foi assim que ele estragou a minha, quando ainda trabalhávamos para a empresa de entretenimento adulto ele simplesmente tentou tirar-me do foco da empresa. Naquela época eu era a mulher mais desejada de todo o site, um vídeo meu dava 1.000 mil dólares.Mas, com Dean trazendo novas meninas nos vídeos dele, o meu público começou a cair e cada vez menos fui chamada para gravar.

A menina virou-se para nós dois com olhos trêmulos de choro, será que aquela era a Amber vestida de freira? Nunca me lembro o rosto dessa garota.

—V-Vocês tiveram mesmo coragem de fazer uma coisa tão cruel? Porque? — sua voz falou baixa com amargura.

Não sei porque,mas sempre a ilusão de que “super vilões”precisam de motivos para fazer maldades. Por muitos anos me perguntei porque fazia coisas ruins com outros e parei de me perguntar isso quando percebi que eu só vivia a vida que eu achava certa ou que  me era conveniente.

Algumas pessoas são más porque querem, outras são pelo passado e 1% dessas pessoas são más porque são.
É inexplicável o caráter alheio, é como tentar justificar o injustificável.
Parei de tentar justificar o que Dean e eu fazemos a muito tempo.

—Não fizemos nada.—Dean, afirma.

—Claro que fizeram! E o que eu ouvi? Amber nunca soube disso?—perguntou.

A garota fala exasperada como se não soubesse o que fazer, nessa altura meus lábios deveriam estar brancos de tanto que estou mordendo nervosismo.

—E Você? Quem é você?—apontou para mim.

Meus olhos arregalados com medo de ser entregue de bandeja, não sei se comentei que meu pai é o xerife de dark city e cá entre nós ter o nome da sua filha querida envolvida em mais um escândalo mataria o velho ou ele me mataria né.

—Pare de fazer perguntas isso não te diz respeito, você não escutou nada entendeu?—Dean, ainda tentava convencer a garota a se calar.

—Não, você não é uma pessoa de confiança e a madre precisa saber disso. E você também! Eu me lembro de ter visto você em um desse outdoor da cidade, América Davis?Filha do Xerife Davis.

Merda! Pega na botija, por isso odeio as campanhas de segurança e família que tinha que fazer com meu pai no final do ano.

Quando ela se virou para descer as escadas e certamente pensando em encontrar a madre superior, meu cérebro parou de raciocinar e eu agi por impulso, corri em sua direção e estiquei os braços. Sua boca soltou um pequeno grito e logo em seguida os barulhos da batida que seu corpo dava contra o chão foram ouvidos até o final da escadaria.

Olhei para Dean que me olhava assustado como se não esperasse essa atitude e nem eu esperava, mas meu pai jamais poderia saber que eu estava envolvida em um crime.




QUENTE COMO O INFERNOWhere stories live. Discover now