25 - Alinhamento

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Era magnífico como as coisas se alinhavam de acordo com cada profecia, com cada visão vista por Soyeon, como cada detalhe perfeito acontecera de forma linear sem que precisasse se mover para tal, lhe dava satisfação.

As imagens que tinham do início do apocalipse vinham como câmeras de segurança no centro da grande sala clara, liberando detalhadamente o que cada pecado estava fazendo ali e onde estava a placa dos pecados que Jungkook tanto lutava para procurar.

Ao sair do hotel onde estava, evitou vagar pelas ruas que se perdiam pelos carros quebrados e gritaria, tentando evitar uma luta, não sabia se seus poderes durariam tempo o suficiente, no entanto, estava se negando a aceitar que estava mais forte e confiante, logo após a morte de Rosie, era como se seus poderes finalmente voltassem ao seu corpo.
 
Como se tudo estivesse nos trilhos.

Todos os sete obtiveram sucesso ao abandonar o antigo posto e parar de lutar contra o apocalipse, isso era um fato já que Yoongi foi o primeiro a se perder na Ira, Jungkook o segundo ao se entregar a luxúria, os olhos roxos e raivosos buscando por qualquer morte rápida que vira em seu caminho, sem a necessidade de uma luta, aos poucos se desfazendo do sentimento de perdão que tivera com os humanos.

Precisava culpar alguém por tudo aquilo, e era orgulhoso demais para assumir a responsabilidade, não ousaria ferir teu próprio ego. Miguel admirava isso no moreno, seu narcisismo. Como alguém como ele poderia dar certo com Taehyung?

O loiro pairou sobre o ar observando com cautela os indícios do apocalipse. Lembrava-se detalhadamente do que a bíblia dizia sobre as sete trombetas.

Ouviu a primeira trombeta quando Jungkook foi tirado de si em sua casa, foi quando voou até o céu para o observar o caos na Terra, quando viu as florestas se queimarem e o verde se tornar cinzas.

A segunda trombeta demorou a tocar, mas sentiu o peito arder como nunca quando fora tocada, logo após a tentativa de algum demônio de o esfaquear com uma adaga dos anjos. Se encolheu no beco por segundos, sentindo a dor da perda, mas não sabia a quem havia perdido.

Os anjos tocariam as sete trombetas, até que Deus aparecesse para todos, era esse o verso em que se lembrava. Não havia percebido a cor de seu cabelo e a mudança na cor dos olhos se tornando verdes. Estava acontecendo. O Kim abriu as belas asas do branco ouro e voou sob o céu com uma velocidade extraordinária, cortando nuvens e anjos com as asas, fugindo de seus ataques.

— Olá, irmão. A quanto tempo.

Ouviu a voz de Hoseok em meio as nuvens, o que vinha a ser possível considerando que lhe faltavam reencontrar alguns dos pecados para concluir o fim do apocalipse, mas não acreditava que viria justamente atrás de si.

Taehyung parou e o encarou logo atrás de si. As asas cinzas e cintilantes, algumas penas mais claras do que as outras, os olhos do vermelho mais sanguinário possível. Não lhe deu medo ao o encarar, Taehyung sorriu ladino e se curvou formalmente com a mão em seu peito.

— Não sabia que mortos podiam falar. — seu sorriso se alargou quando o de Hoseok sumiu do rosto.

— É um pouco difícil falar quando se tem uma flecha no peito... — puxou o arco de suas costas e mirou a flecha no Kim. — Eu gostaria de te mostrar como é. Tentar falar e não conseguir, tentar respirar e só sentir o peito murchar e queimar aos poucos, prometo que será tão doloroso quanto.

A flecha de fogo ardente, com chama vermelha atravessou o peito de Taehyung como se ele fosse um fantasma, manchando a roupa branca com sangue, mas não havia o atingido no peito. Hoseok por mais que quisesse o matar, sabia que não estava na hora,  então o pretrificou para que sentisse exatamente o que sentiu quando fora atacado pelo Kim, impossibilitado de seguir adiante.

ANJO CAÍDO || TAEKOOK || OT7Donde viven las historias. Descúbrelo ahora