10 - Não vou deixar você aqui!

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—Mais que droga é essa? —Peterson murmurou enquanto colocava a mochila nas costas e dava passos para trás junto com o resto do grupo, que olhavam horrorizados para os novos perseguidores.

—CORRAM! —Thomas e Minho continuavam a gritar, mas o grupo só começou a correr quando eles se juntaram.

Winston lançou uma mochila para Thomas ainda em movimento e enquanto ele colocava nas costas, girou para dar uma olhada nos Cranks, desejando não ter feito isso. Eles continuaram correndo e subiram por uma escada rolante, com os feixes de luzes das lanternas girando para todos os lados. O grupo virou a esquerda e passou ao lado da proteção de vidro. Quando chegaram no fim do corredor, Thomas estacou fazendo todos os outros parar. Havia outro Crank ali.

Ele começou a andar na direção deles, mas Aris pegou um taco de beisebol que encontrou e bateu na perna dele. O Crank soltou um gemido desconcertante e caiu de cara no chão, fazendo com que Peterson e Teresa se separassem do grupo, subindo alguns degraus de outra escada rolante enquanto o Crank se debatia no chão. Os garotos ficaram preocupados, mas os Cranks que já estavam os perseguindo os forçaram a continuar correndo.

—VÃO LOGO! —Peterson gritou, parecendo mais preocupado com o bando de Cranks do que com o que estava o encurralando com Teresa.

Os garotos obedeceram e Peterson pôde voltar a atenção para a ameaça mais próxima. Outro Crank surgiu, pulando no corrimão da escada rolante e assustando Peterson. Teresa deu um soco no Crank na sua frente com a lanterna, deixando-o meio zonzo. Depois que o Crank próximo de Peterson pulou na frente dele, o garoto chutou a barriga dele. Teresa desviou a tempo e o monstro caiu em cima do que ela havia nocauteado.

Os garotos já estavam no andar de cima, mas Thomas estava sempre atrás, preocupado com os dois. Quando eles surgiram no final da escada rolante, um Crank surgiu ao lado de Thomas e ele o socou rapidamente. Apesar de ver que eles estavam bem, não pôde se sentir aliviado ainda.

Todos voltaram a correr e dessa vez, Peterson e Thomas estavam atrás. Os Cranks pareciam mais distantes, mas não era uma opção diminuir a velocidade corrida. Peterson estava atrás de Thomas, o que fez Thomas entrar em pânico quando ele ouviu uma vitrine sendo quebrada atrás dele. Ele olhou para trás e viu Peterson e um Crank no chão. O Crank estava em cima dele, completamente determinado a morder sua face.

—PETERSON! —Thomas berrou a plenos pulmões quando viu a cena enquanto o resto dos Clareanos estavam no lugar, preocupados.

Peterson o empurrava com braço contra a garganta, mantendo aquela mandíbula horrorosa o mais longe possível do seu rosto enquanto o Crank segurava os ombros dele com uma força que imaginou ser impossível. Peterson parecia ser o mais forte ali, apesar de todo o cansaço. Mas logo, o Crank virou o jogo, soltando um daqueles uivos horripilantes e mordendo o braço do garoto que o empurrava.

Peterson soltou um grito de dor que ecoou pela construção toda e deixou uma lágrima escorrer pelo rosto. Aquele grito foi como um tiro no peito de Thomas e de Newt, que mal puderam ver o que estava acontecendo. Com raiva e a dor fervendo dentro dele, Peterson deu uma joelhada na barriga do Crank, o que fez ele soltar seu braço e gemer.

Thomas o empurrou com o pé para o lado, fazendo com que ele caísse do andar onde estavam. Ele ajudou seu irmão a se levantar, mas Peterson tentou conter mais um grito quando Thomas pegou no braço dele. Thomas não conseguiu entender, mas viu o sangue dele nas suas mãos e seu coração parou por um segundo. Thomas olhou para os olhos marejados e a face suja dele, completamente apavorado.

—Eu tô bem, Tom. —Peterson respondeu, ofegante e triste. —Eu... E-Eu tô bem.

Um uivo ecoou pela construção, lembrando o porquê estavam correndo.

The Hope - The Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora