Thomas, Minho e Newt olharam para Peterson, tentando ler a mente dele. O que ele iria aprontar agora? Logo depois, ouviram um som abafado que fazia o chão estremecer. Todos olharam para o céu e um enorme Berg apareceu da fumaça provocada pelo fogo.
O Berg girou para pousar com a traseira virada para a fileira de pessoas, as hélices levantando poeira enquanto os reféns cobriam os rostos e tossiam. A nave pousou e o portão de carga abriu-se, revelando quatro guardas em duas fileiras. Eles marcharam até a rampa e abriram espaço entre eles, revelando Ava Paige com roupas brancas, confortáveis e chiques.
Ava saiu do Berg enquanto os guardas escoltavam-na e caminhou até onde Janson estava. Peterson voltou a pensar em Teresa, mesmo esforçando-se para esquecê-la e concentrar-se no plano que tinha em mente.
—São todos eles? —Ava perguntou para Janson.
—Quase todos. —Ele respondeu. —É o suficiente.
—Comece a embarcá-los.
—Sim, senhora. Vocês ouviram. Andem! Embarquem todos!
Os guardas começaram a agarrar as pessoas e levá-las à força até o Berg. A fileira de Peterson demoraria a ser recolhida, o que daria mais tempo para ele. Ava fez um sinal com a mão para o guarda ao lado de Peterson e ele o empurrou, colocando-o no frente da mulher.
—Olá, Peterson. —Ava cumprimentou, o rosto inexpressivo fazia Peterson sentir raiva.
A mulher virou-se para um guarda que acompanhava Teresa, ela estendeu o braço e a puxou para perto com cuidado.
—Que bom que está a salvo. —Ava disse enquanto Teresa encarava Peterson com tristeza, mas certa do que havia feito.
—Como é que é? —Caçarola exclamou enquanto os guardas obrigavam-no a levantar-se junto com os outros garotos.
—Teresa? —Newt chamou, desacreditado, enquanto a encarava com uma expressão de choque.
—Que negócio é esse? —Questionou Thomas, encarando Peterson e Teresa.
—Ela tá com eles agora. —Peterson respondeu com a voz meio embargada, odiando dizer aquilo em voz alta.
—Desde quando? —Minho indagou, virando-se para a amiga que encarava o chão.
—Teresa sempre teve um entendimento evoluído do bem maior. —Janson explicou, surgindo atrás de Teresa. —Com as memórias restauradas, era só uma questão de tempo. Mesmo que não concordasse com os nossos métodos, achei que pudesse acontecer o mesmo com você, Peterson.
Peterson virou o rosto para ele com pura indignação, pois mais outro quebra-cabeça da suas dúvidas havia sido montado.
—Então esse era o seu plano o tempo todo? —Peterson exclamou, chamando a atenção de Mary e Vince. —Você me torturou desde pequeno para fazer não sei o que comigo e devolveu o restante das minhas memórias só para me convencer e me fazer mudar de lado? Era isso? Uma enorme chantagem emocional? Ou deveria dizer, lavagem cerebral?
—Você, de fato, é bem inteligente. —Janson respondeu, virando a cabeça num tom zombeteiro e confirmando o que Peterson pensava.
—Seu filho de uma... —Peterson começou a praguejar pausadamente, mas isso deu tempo para que Janson fizesse um sinal para o guarda ao lado dele.
O guarda deu um soco na costela machucada de Peterson, o que o fez curvar o corpo para frente. Uma dor insuportável espalhou-se pelo seu corpo e ele cambaleou até cair no chão, colocando uma mão para se apoiar e a outra na costela.
Os sons ficaram abafados repentinamente, mas pôde ouvir Thomas gritar o nome dele de novo e Teresa chorar baixinho, além da gritaria que os outros Clareanos provocavam. Quando abriu os olhos, deparou-se com Thomas na sua frente e tudo parecia girar.
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The Hope - The Maze Runner
FanfictionNuma manhã normal na Clareira, a Caixa subiu trazendo contigo um novo garoto. Mas e se esse garoto fosse mudo? Como os outros Clareanos iriam se comunicar com ele?