11 - Teresa, o que você está escondendo?

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Os Clareanos adormeceram depois de um longo tempo, mas Thomas acordou com um barulho de plástico sendo remexido. Quando abriu os olhos, viu que era um corvo puxando o saco plástico de uma das bolsas.

—Ei, sai daqui! —Thomas exclamou, se sentando rapidamente e abanando a mão próximo do pássaro, que saiu voando depois do seu furto fracassado.

Thomas acabou acordando todo mundo sem querer, mas ninguém reclamou. Ouvia-se alguns resmungos, especialmente da parte de Peterson e Winston.

—Sumiram? —Newt perguntou enquanto Thomas girava em torno de si mesmo, observando o lugar.

—Sim, acho que estamos seguros agora. —Thomas respondeu. —Melhor seguirmos em frente. Vamos nos preparar. Aris, levanta. Peterson, você tá bem?

—Acho que sim. —Peterson murmurou, verificando o curativo que haviam feito no dia anterior enquanto se levantava.

O curativo estava meio ensanguentado, mas, novamente, não sentia nada além da dor no lugar da mordida. Ele também sentia dor na bochecha, pois havia se cortado com um dos cacos de vidro da vitrine que um Crank quebrou e agora ardia.

Winston tentou ao menos se sentar, mas não conseguiu e soltou um gemido horrível.

—Quer ajuda, cara? —Caçarola indagou, estendendo a mão.

Winston agradeceu com um sorriso e aceitou a ajuda. Depois todos apanharam as suas coisas e escalaram os entulhos com esforço, mesmo com o corpo doendo a cada movimento. Pelo menos aquele lugar parecia menos assustador à luz do dia - e sem Cranks.

Quando chegaram ao topo, havia uma superfície plana e eles puderam ver prédios destruídos, mais entulhos, carros enferrujados e outras construções que pareciam estar prestes a se tornar pó. Ficaram horrorizados com o mundo pelo qual eles tanto lutaram para conhecer, fugindo do Labirinto e da base militar, mas seguiram em frente.

Eles chegaram em um caminho de areia entre os prédios, o que imaginaram ser uma rua antes daquele lugar ter sido destruído. Todos olhavam as ruínas da cidade, completamente hipnotizados por aquele lugar.

—O que será que rolou nesse lugar? —Caçarola questionou, olhando para um prédio que parecia faltar metade dele.

—Não sei. —Newt respondeu, olhando ao redor. —Mas parece que ninguém vem aqui há muito tempo.

—Tomara que o mundo todo não esteja assim. —Aris comentou.

—Ei, parem todos. —Thomas exclamou, acordando todos dos seus devaneios e fazendo todos olharem para ele. —Estão ouvindo?

Todos começaram a prestar atenção. Peterson começou a ouvir algo também, mas os outros pareciam confusos. De repente, o som ficou mais alto. Pareciam hélices, mas eram muito diferentes de helicópteros.

—Abaixem! Todo mundo, se esconde! —Thomas gritou, direcionando todos para debaixo de uma placa de concreto.

Dois helicópteros e outra nave grande, parecida com um enorme besouro, passaram por cima deles depois que se esconderam. Ninguém precisou adivinhar para descobrir de quem seriam aquelas aeronaves, pois era algo muito óbvio.

—Nunca vão parar de procurar a gente. —Minho falou para ninguém em específico.

Os Clareanos voltaram a caminhar. Agora, eles escalavam mais uma grande pilha de entulhos próxima a um grande prédio.

—Tá todo mundo bem? —Thomas perguntou, quase no topo do entulho enquanto olhava para trás.

—Uhum. —Winston resmungou, tossindo enquanto fazia uma pausa.

The Hope - The Maze RunnerWhere stories live. Discover now