Aquele Idiota 2 - 08_ Isso é impossível

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Ayla

O medo de Marcos ainda me assombrava, mesmo com a certeza de que ele não poderia me machucar mais. Ou... será que não?

Cheguei à casa do meu pai. Ele abriu a porta com seu sorriso caloroso de sempre e, por um momento, quase consegui esquecer o motivo pelo qual estava ali.

— Filha! Que surpresa boa! — exclamou ele, puxando-me para um abraço apertado.

— Oi, pai! — respondi, feliz, sentindo aquele conforto único que só ele poderia oferecer.

Senti lambidas na minha perna. Ao olhar para baixo, vi Lion feliz ao me ver.

— Oi, garotão! — acariciei o cachorrinho com carinho.

— Aylaaa! — Fernanda veio correndo em minha direção, toda descabelada, fazendo-me rir. — Que surpresa incrível! — Ela me abraçou com entusiasmo.

— Oooii Fe!

— Nossa, parece que gosta mais dela do que de mim! — disse meu pai, fazendo uma cara de ciúmes e nos fazendo rir ainda mais.

Nos sentamos na sala e, após alguns minutos de conversa fiada, finalmente soltei o que estava me atormentando.

— Pai, preciso te contar uma coisa... — Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava.

O sorriso de Edson desapareceu e ele se inclinou para a frente, preocupado.

— Ahh, então eu vou sair. — disse Fernanda.

— Não precisa, Fe. Você pode ouvir. Mas olha, o que vou falar pode te deixar preocupada...

— O que houve, Ayla? — perguntou meu pai com um olhar sério.

Respirei fundo, lutando para não deixar o medo transparecer tanto. Falei sobre as mensagens anônimas que recebia, como mencionavam Marcos e o quanto me perturbavam. A cada palavra que saia da minha boca, nós três ficávamos mais tensos.

— Ayla, meu Deus... isso é muito sério... — disse Fernanda assustada.

— É sério mesmo, mas... eu acho que isso foi alguma brincadeira de mau gosto, filha. O Marcos está morto. Isso é impossível. — falou meu pai com firmeza.

Ele me abraçou tentando me confortar.

— Nós só precisamos descobrir quem enviou essas mensagens. Mas vai ficar tudo bem.

— Eu não quero que o Dylan saiba... ele vai ficar louco. — confessei.

— Vamos fazer isso do jeito certo. Primeiro, vou falar com a polícia e ver se conseguimos rastrear essas mensagens. Depois decidimos como contar pro Dylan se for preciso. Ele tem o direito de saber, mas entendo sua vontade de poupá-lo agora.

— Ayla, vai ficar tudo bem. Você tem a gente! — disse Fernanda com um sorriso encorajador. — Não está sozinha, lindona.

Eu sorri em resposta.

— Obrigada... não sei o que faria sem vocês!

— Você nunca vai precisar descobrir isso, Ayla. — O sorriso do meu pai era reconfortante. — Estamos sempre aqui para você.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora