Aquele Idiota 2 - 35_ Amor da minha vida

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Dylan

Assim que entramos em casa, Ayla estava completamente encharcada, o cabelo grudado no rosto e os lábios tremendo de frio. Que mulher, porra.

Ela me olhou, como se esperasse que eu dissesse algo, e eu não resisti ao riso baixo que escapou dos meus lábios. Ela franziu o cenho, mas eu sabia que não estava irritada de verdade.

— Fica aí, — pedi, antes que ela pudesse falar qualquer coisa. — Já volto.

Peguei toalhas e uma das minhas blusas favoritas, a mais confortável, sabendo que ela precisaria de algo que a abraçasse quase tanto quanto eu. Quando voltei, ela estava parada na sala, os braços cruzados como se tentasse se aquecer.

— Vem cá. — disse, aproximando-me devagar.

Coloquei a toalha sobre seus ombros e comecei a secar o cabelo dela com cuidado. A cada movimento, eu sentia que fazia ela esquecer os horrores do dia, os medos que ainda latejavam na sua mente.

— Você não precisa fazer isso, amor. — ela murmurou, os olhos brilhando de algo que não era só reflexo da luz.

Parei por um segundo e a olhei. Às vezes, era como se ela não entendesse o quanto eu queria estar ali, cuidando dela em cada detalhe.

— Claro que preciso. Quero que você se sinta bem.

Ela tentou protestar, mas o sorriso em seus lábios me denunciou que ela gostava disso tanto quanto eu. Quando terminei, vesti minha blusa nela.

— É sua favorita, não é? — ela perguntou, como se já soubesse a resposta.

— É, mas fica bem melhor em você, anjo.

Cacete. Ela usando minha blusa que caía quase até seus joelhos, parecendo mais pequena e mais linda do que nunca, minha respiração falhou por um instante.

Por que essa mulher é tão incrivelmente linda?

— Dylan, pareço um espantalho!

— Não. Você está perfeita. Sempre. — Beijei sua bochecha.

Fomos para a cozinha e preparei chocolate quente enquanto ela me olhava de longe, rindo das minhas tentativas de parecer um expert na cozinha. Eu sabia que ela adorava isso.

— Você é cheio de talentos escondidos, não é? — ela brincou, e eu dei de ombros.

— Estou apenas tentando impressionar a minha mulher.

Quando nos sentamos no sofá, com as xícaras quentes nas mãos e uma manta nos cobrindo, senti como se o resto do mundo desaparecesse. A chuva lá fora era só um pano de fundo para o som da risada dela, algo que eu faria qualquer coisa para ouvir todos os dias.

Ela se aninhou no meu ombro, e eu brincava com seus cabelos.

— Meu bem — ela começou, a voz suave, — você sabe que é o amor da minha vida, né?

Meu coração apertou, como se aquelas palavras fossem algo que eu esperava ouvir desde sempre. Ela já me falou isso antes, mas porra...

Coloquei a caneca na mesinha ao lado e a puxei para mais perto. Minha mão encontrou o rosto dela, os dedos traçando suas feições, como se eu quisesse memorizar cada detalhe, cada curva.

— Eu te amo tanto — murmurei, encostando minha testa na dela.

Ela sorriu, aquele sorriso que fazia o mundo inteiro se tornar um lugar melhor.

— Me mostra. — sussurrou.

Eu a beijei, devagar e cheio de amor, como se quisesse dizer tudo o que as palavras nunca conseguiriam expressar. Quando nos separamos, ela olhou para mim, os olhos brilhando, brilhando tanto.

— Nunca vou te deixar sozinha. Sempre vou te proteger. — prometi, e ela assentiu, apertando-se contra mim.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora