Pan precisa de você

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Wendy entrou e, se escondendo atrás de cada estante, chegou na preteleira que queria. Era uma prateleora centrada, enfeitada, que levava destaque. A placa logo em cima, avisava: Fairy Tale- Contos de Fadas.
Wendy procurou silenciosamente o livro que queria. Finalmente encontrou. Não era o livro original, Wendy sabia, pois este Henry carrega sempre junto dele.O livro havia sido copiado, então Wendy correu até o balcão e pediu para emprestar o livro.
Chegou na pensão da vovó, onde encontrou todos os meninos. Ela sabia que seus irmãos iriam fazer pergungas de onde ela passou o dia todo, então voltou e alugou um quarto só pra ela.E aí, ela leu o livro até adormecer.
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-Wendy! ! Wendy! Gritavam os gêmeos.- Peter precisa de você!
-Diga a Peter que espere! Eu não posso agora.- os gêmeos olharam pra ela espantados. Ela não poderia estar falando sério.
-Meninos, vão! Firula se machucou, tenho de cuidar dele . Vocês podem avisar Peter!?
-Mas...mãe-Wendy, , ninguém...- disse um dos gêmeos
-Nunca desobedeceu Peter...- disse o outro
-Bom, então serei a primeira.Estou quase acabando o curativo de Firula, dessa vez o machucado foi feio.Diga a Peter que já estou indo.
Os meninos foram já arrepiados de medo.Peter estava com o braço cada vez mais escuro. O veneno ia se espalhando. Se Wendy não viesse rápido, e não conseguisse tirar o veneno a tempo, ele poderia morrer.
Mas os meninos chegaram sozinhos, contando que Wendy se recusara a obedecer.Pan ficou com tanta raiva dela que seria capaz de matá-la.Mas ele não pode fazer isso.Pensou que Wendy ainda lhe seria útil e a condenou a ficar presa em uma jaula. Foi até a Pedra da Caveira. Como ele era o primeiro dos meninos perdidos, o líder da Ilha e o mais poderoso, haviam privilégios. Peter poderia ter sua vida livre do veneno, se desse em troca uma vida que valesse muito. Uma vida que valesse por duas.
Assim, Peter, já sem muita força, buscou uma pessoa. O primeiro gêmeo foi morto a um só golpe, enquanto o outro era obrigado a assistir. Assim, se remoendo de dor, o outro gêmeo chorou, chorou e chorou tanto que acabou morrendo também. As duas almas se foram, e os gêmeos tiveram seu fim.
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Wendy acordou nervosa com aquele pensamento e começou a chorar. Dois dos meninos, dois dos que ela considerava filhos, haviam sido mortos, por sua causa. Aquele sonho estranho, poderia ser de mentira, só um sonho. Mas Wendy acreditava na ideia de que eles , os dois meninos com quem ela conversava, que estavam sempre alegres e a faziam rir, aqueles gêmeos que contavam a ela piadas e pra quem ela contava histórias de dormir, haviam sido mortos. E era tudo culpa dela.
A história ficou na cabeça dela o dia inteiro. Ela saiu na rua, pra deixar as idéias se ajeitarem, quando ela percebeu que aquilo poderia ser um sinal. Lembrou da voz dos meninos gritando:
- Wendy! Wendy! Peter precisa de você!
Claro que aquilo poderia ser só coisa da cabeça dela. Mas Wendy tinha medo de que, se ela ignorasse esse sinal, acontecesse alguma coisa ruim. Como aconteceu da última vez.
Por isso, Wendy teria que dar um jeito de descobrir aonde Peter se escondera. Ela precisava descobrir, e ajudar. Mesmo que a missão fosse de Rumple, ela sentia que tinha a ver com ela. Ela acreditava nisso.

Assim que almoçou e se despediu de seus irmãos, ela foi para o poço da floresta. Ela não sabi porquê. Alguma coisa a conectava com aquele lugar. Miguel viu Wendy sair correndo, mas achou que Wendy não compartilharia o que quer que fosse com ele. Então, Miguel chamou Henry, alegando que ele era amigo de Wendy e poderia falar com ela. Henry se sentiu meio encabulado, porque não sabia se era tão próximo assim de Wendy, mas disse que tentaria achar ela. Provavelmente porque ele já havia encontrado Wendy lá uma vez, foi procurar na floresta.

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