A missão.

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"Acordei", na minha cabana . Ainda estava abraçada com um desenho de flauta. Me lembrei de um baú que Peter me deu de presente um dia. Pan era um bom ator... Agora eu sei como vencer a maldição. O baú. Peguei ele no carro de mamãe Darling sem que ela percebesse.
Passei muito tempo pensando nos mínimos detalhes do que eu fazia. Nos momentos. Várias duvidas surgiam na minha cabeça. "O mais propício lugar sempre será seu lar". Qual era meu lar? Neverland? A casa em Londres? O mundo paralelo em que estava Peter? Um estado de espírito comigo mesmo, ao invés de um lugar em si? A casa na árvore? Eu não sabia mais nada.
Depois de pegar o baú, tentei mais uma inútil vez abrir ele. Nada. Pensei em tentar encontrar primeiro na casa na árvore, mas eu não sabia o formato, tamanho da chave. Além disso, eu tinha acabado de construir a casa na árvore, me lembrei de tudo que coloquei la dentro e nada se parecia com uma chave. Tentei dormir várias vezes, mas era impossivel conseguir sonhar, entrar em contato com Peter ou com a Terra do Nunca. Tentei inclusive procurar a Sininho, ver se ela podia me ajudar com um pouco de magia, mas ela estava muito certinha depois da lição que a Fada Azul deu pra ela. Disse que o máximo que podia fazer era me dar um pouco de pozinho mágico que sobrava. Pensei, então, em ir para Londres, mas eu não sabia se seria fácil sair de Storybrooke. Nunca foi. Então, eu tive uma ideia. Uma pessoa que, caso se machucasse, todos achariam uma cura o mais rápido possível. Uma pessoa que seria o perfeito rato de laboratório, a isca perfeita para testar a saida da cidade. Todos amam, tão gentil, tão doce, tão criativo :Henry. Com as mulheres mais poderosas da cidade sendo suas mães e sua avó, todos o protegem. O que restava é simplesmente joga-lo pra fora da cidade. Eu cuido disso.
Eu já tinha usado pó mágico. Peter havia me guiado pela mão, mas o pozinho que me fazia flutuar. Eu sabia voar com aquele pozinho.Era pouco, mas era o suficiente. Quando Emma e Regina foram buscar Henry na escola, tiveram uma surpresa ao ver alguém o puchando pelo braço, para o céu. Claro que tinham magia o suficiente pra pegar ele de volta, mas eu tinha mais.eu tinha o suficiente pra nos proteger da magia delas. Era grito pra todos os lados... a avó de Henry, que ia na escola toda semana, pra matar a saudade de quando dava aula, estava lá nesse dia. Gritando socorro e me perguntando "Por quê você está fazendo isso?" Com um ar, digamos, doce. Emma e Regina já eram mais simples. Mas ódio no olhar delas, por um milésimo de segundo me deu medo, depois ri na cara delas. Elas tentavam de tudo, mas a magia de Pan era impressionante. Nada destruia aquela barreira, a não ser quando eu quisesse.
Cheguei na divisa da cidade e coloquei Henry um pouco antes da faixa aue dividia a cidade. Uma pequena adaga apontada para o pescoço dele.
-Vamos, Henry, um passo pra trás, é tudo que eu quero
-Por que está fazendo isso, Wendy, você não é assim!
-Não pergunte nada, é pior pra você!
Mas ele ja estava chorando. Uma estatua, os pés imóveis.
-Não me obrigue a isso, o que pode acontecer? ? Ninguém sabe. Talvez eu morra se mecher meu pé.
Eu podia me sentir mal. Desistir. Pobre criança, não fez nada. Mas eu não tinha esses sentimentos já fazia um tempo. Eu queria saber o que acontecesse, e seria uma pena se Henry morresse, mas eu não posso.Empurrei a faquinha no pescoço dele, obrigando ele a se mecher.
-Vai Henry. Pode não acontecer nada.
-Ninguém sabe. É por isso que estou aqui? Sou um teste? Não poderia fazer isso com uma formiga, ou sei lá?
-O resultado ppderia ser diferente.
Apertei a faca. Um pé já tinha saído quase inteiro.
-Por favor, Wendy, não!
Puvi a voz de Bela.Percebi que Rumple também estava lá, assim como o Príncipe, Gancho, Emma, Branca e Regina.
-Ora, ora, chegou a linda e unida família.
-Wendy, por favor, Henry nunca te fez nada.
-Solte-o Wendy.Por favor. Nós todos lhe imploramos.
Será que nao entendiam que não posso parar? Arranquei o coração de Henry devagar. Para eles verem que não estou pra brincadeira. Finalmemte entendi poruqe, um dia, Peter queria tanto aqulio. O coração brilhava longe. Tão puro. Tão inocente.
-Wendy, cuidado. Você sabe o que isso pode fazer?
-Claro que sei. E se voces não ficarem calados e continuarem a andar em minha direção esmago isso neste segundo!
Todos viraram estátuas. Olhei pra Henry, que ainda soluçava. Os olhos todos marejados. Com o coração dele na mão, eu o empurrei com o pé.
-Sinto muito, Henry.
E vi o corpo dele passando para o outro lado.

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