Julie
Como imã. Não podemos ficar perto e tudo não terminar em beijos. Mesmo com raiva, mesmo odiando suas atitudes, tudo o que pude pensar desde que o vi de novo, foi em beijá-lo. Agora estamos nós aqui de novo. Sinto um calafrio percorrer todo o meu corpo, enquanto ele me beija calmamente. Como se dissesse no silêncio de um beijo que não tem pressa. Suas mãos passeiam pelos meus cabelos.
- a baby que falta você me faz. Deixa eu ficar perto de você, no seu tempo,do seu jeito. Só não se afasta.- ele sussurra bem perto da minha boca e depois me beija de novo.
Nossos olhos fechados, nossas respirações entrecortadas. A sensação de paz me invade, me sinto segura, amada. Como no meio de uma tempestade e ele o meu abrigo. Ele consegue ser ao mesmo tempo a tempestade e o abrigo.
- vamos tentar amor, vamos tentar. Me dá mais uma chance.- ele pede- deixa eu subir, ficar com você um pouquinho. Depois vou para minha casa. A gente entra e pede alguma coisa para comer. Pode ser perigoso ficar aqui na rua.
Não sei se é uma boa ideia. Ele não imagina, mas só tenho um colchão, uma geladeira, um fogão e uma caixa com alguns utensílios domésticos. Se bem o conheço, vai surtar quando ver.
- olha Joe, a minha casa é diferente do que você está acostumado. Não acha melhor você ir e amanhã nos vemos?
- a baby não faz isso comigo. Só um pouquinho vai.
- certo, mas que você já fique avisado, não vai rolar nada hoje ok.
- certo senhorita castidade.
Ele estaciona melhor o carro e subimos. Abro a porta envergonhada e a sua expressão é de choque total.
- Julie você entrou no lugar errado. Não é possível que você viva aqui.
- Joe já te expliquei que nem todo mundo nasce num berço de ouro.
- vamos, junta suas coisas todas e vamos. Você vai ficar no meu apartamento até conseguirmos organizar isso aqui.- ele vai pegando minha bolsa.
- Joe para. Eu não vou para nenhum lugar. Se você estiver incomodado pode ir embora, não vou ficar magoada. Mas se quiser continuar aqui é melhor você parar.
- mas Julie você não tem nem o básico.
- Joe eu mandei você parar. Peça alguma coisa para comermos enquanto eu tomo uma banho.
- deixa eu dar banho em você?- ele pergunta com a maior cara de pau. Começo a rir.
- onde entra a parte que você não ia fazer nada, tudo no meu tempo?
- mais eu não vou fazer nada. Só dar um banho em você. Fico de roupa, fico de cueca só. E você pode ficar de calcinha e sutiã. Deixa amor. Faço até massagem em você.
- eu vou aceitar a massagem, mas depois que eu tomar um banho. Agora você fica aqui e pede uma pizza. Não demoro.
Dou um selinho e saio, enquanto ele tenta me agarrar de novo.
Demoro um pouco no banho, lavo os cabelos e depois de meia hora estou pronta para sair. Opto por um pijama de calça e um regata. Algo bem decente. Joe não vai segurar a barra.
Quando abro a porta, não sei o que ele fez,mas dentro do meu apartamento tem uma mesa de madeira com tampo de vidro e quatro cadeiras almofadadas que devem ter custado o olho da cara.
- Joe você não sabe o que é não. Definitivamente. Eu não quero que você fique comprando coisas para mim. Não vou aceitar, não sou assim.
- mas amor, não tinha nem lugar para jantarmos. Aceite como um empréstimo. Depois você me paga quando e como quiser.
YOU ARE READING
O doce sabor da vingança ( degustação)
RomanceSinopse Julie não é uma garota comum, afinal a vida nunca foi muito justa com ela. Abandonada pelos pais na infância, ficou aos cuidados da avó, que sempre lutou por uma boa educação, mas esqueceu do bom gosto para a moda. Na escola, sempre foi víti...