Cap 17

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Julie

Como imã. Não podemos ficar perto e tudo não terminar em beijos. Mesmo com raiva, mesmo odiando suas atitudes, tudo o que pude pensar desde que o vi de novo, foi em beijá-lo. Agora estamos nós aqui de novo. Sinto um calafrio percorrer todo o meu corpo, enquanto ele me beija calmamente. Como se dissesse no silêncio de um beijo que não tem pressa. Suas mãos passeiam pelos meus cabelos.

- a baby que falta você me faz. Deixa eu ficar perto de você, no seu tempo,do seu jeito. Só não se afasta.- ele sussurra bem perto da minha boca e depois me beija de novo.

Nossos olhos fechados, nossas respirações entrecortadas. A sensação de paz me invade, me sinto segura, amada. Como no meio de uma tempestade e ele o meu abrigo. Ele consegue ser ao mesmo tempo a tempestade e o abrigo.

- vamos tentar amor, vamos tentar. Me dá mais  uma chance.- ele pede- deixa eu subir, ficar com você um pouquinho. Depois vou para minha casa. A gente entra e pede alguma coisa para comer. Pode ser perigoso ficar aqui na rua.

Não sei se é uma boa ideia. Ele não imagina, mas só tenho um colchão, uma geladeira, um fogão e uma caixa com alguns utensílios domésticos. Se bem o conheço, vai surtar quando ver.

- olha Joe, a minha casa é diferente do que você está acostumado. Não acha melhor você  ir e amanhã nos vemos?

- a baby não faz isso comigo. Só um pouquinho vai.

- certo, mas que você já fique avisado, não vai rolar nada hoje ok.

- certo senhorita castidade.

Ele estaciona melhor o carro e subimos. Abro a porta envergonhada e a sua expressão é de choque total.

- Julie você entrou no lugar errado. Não é possível que você viva aqui.

- Joe já te expliquei que nem todo mundo nasce num berço de ouro.

- vamos, junta suas coisas todas e vamos. Você vai ficar no meu apartamento até conseguirmos organizar isso aqui.- ele vai pegando minha bolsa.

- Joe para. Eu não vou para nenhum lugar. Se você estiver incomodado pode ir embora, não vou ficar magoada. Mas se quiser continuar aqui é melhor você parar.

- mas Julie você não tem nem o básico.

- Joe eu mandei você parar. Peça alguma coisa para comermos enquanto eu tomo uma banho.

- deixa eu dar banho em você?- ele pergunta com a maior cara de pau. Começo a rir.

- onde entra a parte que você não ia fazer nada, tudo no meu tempo?

- mais eu não vou fazer nada. Só dar um banho em você. Fico de roupa, fico de cueca só. E você pode ficar de calcinha e sutiã. Deixa amor. Faço até massagem em você.

- eu vou aceitar a massagem, mas depois que eu tomar um banho. Agora você fica aqui e pede uma pizza. Não demoro.

Dou um selinho e saio, enquanto ele tenta me agarrar de novo.

Demoro um pouco no banho, lavo os cabelos e depois de meia hora estou pronta para sair. Opto por um pijama de calça e um regata. Algo bem decente. Joe não vai segurar a barra.

Quando abro a porta, não sei o que ele fez,mas dentro do meu apartamento tem uma mesa de madeira com tampo de vidro  e quatro cadeiras almofadadas que devem ter custado o olho da cara.

- Joe você não sabe o que é não. Definitivamente. Eu não quero que você fique comprando coisas para mim. Não vou aceitar, não sou assim.

- mas amor, não tinha nem lugar para jantarmos. Aceite como um empréstimo. Depois você me paga quando e como quiser.

O doce sabor da vingança  ( degustação) Where stories live. Discover now