Anahí acordou com o vento gelado e o reflexo de luz que entrava pela janela entreaberta. Seus olhos ardiam pelas lentes de contato novamente esquecidas e seu corpo estava dolorido pelo peso do corpo de Ísis sobre o seu.
Na noite anterior ela havia ido ao apartamento que a garota dividia com o pai afim de acalma-la. Ela sequer conseguira descobrir o que havia se passado com Ísis que apenas chorava compulsivamente e só conseguiu parar quando Anahí deu-lhe um calmante. Provavelmente teriam pegado no sono enquanto tentava acalmá-la acariciando-lhe os cabelos.
Anahí então levantou delicadamente com o cuidado necessário para não acordá-la. Então fechou a janela, a cortina e seguiu até a cozinha afim de preparar um café. Esperaria até que Alfonso chegasse para que pudessem conversar sobre o que estava acontecendo com Ísis.
Então enquanto colocava o café na cafeteira, após fazer sua higiene matinal, ela ouviu o barulho de chaves na porta, o que deduziu que ele havia chegado. Alfonso entrou no apartamento, notando as chaves de Ísis na porta, então deduziu que ela não havia ido a escola. Já estava indo até o quarto dela quando ouviu o barulho vindo da cozinha, talvez ela tivesse atrasada.
- O que houve Ísis? Porque - ele se deu conta de que não se tratava da filha - Anahí? - coçou a cabeça confuso - Aconteceu alguma coisa?
- Sim - ela pausou - Na verdade precisamos conversar. Você quer um café? - estendeu uma xícara a ele que aceitou de bom grado. Ao que Anahí reparou ele deveria estar muito cansado, mas era impossível adiar aquela conversa.
- Então? O que aconteceu pra você estar aqui, na minha casa, a essa hora da manhã? - pediu um tanto quanto nervoso.
- Poncho nós temos que falar sobre a Ísis - ele prestou atenção as palavras dela - Ela está passando por alguns problemas e ontem a noite me deixou extremamente preocupada.
- Problemas? Como assim problemas? Do que é que você está falando? - ele largou a xícara sobre a mesa.
- Ontem eu estava estudando pras provas finais da residência quando recebi uma ligação de Ísis - ele franziu o cenho - Você sabia que ela estava em uma festa no Mansion?
- Não, eu não sabia - cerrou os punhos - Ela deve ter saído após eu ter ido para o hospital.
- É, é bem provável - ela continuou - Ela me pediu pra buscá-la na festa, estava aos prantos, com a maquiagem toda borrada, soluçando. A única maneira que encontrei de tranquilizá-la foi com algumas gotas de calmante.
- O que aconteceu? - Alfonso estava completamente confuso e estranhando aquela conversa que estavam tendo.- Eu sinceramente não sei - suspirou - Ela não disse nada pra mim, mas era um choro doído, como se fosse de decepção.
- Céus, Ísis mentiu pra mim, como vou deixá-la sozinha agora - ele suspirou irritado passando as mãos pelos cabelos. Anahí continuou.
- Não é só isso - ele voltou a atenção para ela novamente - Naquele dia em que eu saí com ela reparei em algumas coisas.
- Que tipo de coisas? - pediu preocupado.
- Já notou que ela tem inúmeras manchas roxas pelo corpo?
- Eu - pensou - Eu notei duas no bravo esquerdo, mas ela disse que havia machucado na educação física. Escuta Anahí, aonde está querendo chegar com essa história?
- Hoje pela manhã eu reparei que as manchas no corpo dela aumentaram - ele a encarou - Ísis está muito, muito magra. Ela deve ter perdido no mínimo uns dez quilos desde que a conheci.
- Ísis sempre foi magra, você quem não deve ter - ela o interrompeu.
- Eu encontrei diuréticos nas coisas dela - ele realmente estava confuso. Como ela podia ter percebido tantas coisas sobre sua própria filha? Coisas que ele como pai não fora capaz de perceber? - Fui abrir uma das gavetas do closet enquanto procurava um pijama para ela vestir. Tinham 12 caixas la.
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Perfeição
RandomO futuro pode ser cruel, como a sua cartomante disse. O amanhã pode não existir como dizem os poetas. O mundo pode até acabar, como prevem os cientistas, mas nada tem força suficiente para separar duas pessoas destinadas a acabarem juntas. Tantos pr...