Recado para o mundo

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Ah, a guerra.
Um conjunto de conflitos, na maioria das vezes, desnecessários que causam desastres em proporções assustadoras.
Em pleno século vinte e um, ainda existem pessoas que insistem em provocar e financiar essa violência injustificável que mata milhares de inocentes todos os anos. Parece até que não aprenderam com o Holocausto.
Era nisso que a mulher pensava enquanto observava seu bebê brincando com soldadinhos de plástico em cima do sofá.
Ela pegou o projeto de gente no colo, e deu um beijo bem forte na bochecha dele. Andou até a cozinha e quando estava abrindo a geladeira para pegar uma garrafa de suco, ela ouviu o telefone tocar. Rapidamente, colocou o bebê na cadeira de dar comida e foi para a sala atender a ligação.
- Alô? - ela disse tentado parecer o menos afobada possível.
- Senhorita Robinson?
- Sim, sou eu.
- Estou te ligando para falar a respeito do seu irmão, George Robinson. - a mulher do outro lado da linha tinha uma voz muito calma.
- O que houve? Ele está bem?
- O hospital onde ele estava trabalhando foi bombardeado... - Antes de a mulher terminar de falar, a Senhora Robinson desligou o telefone.
Pelo fato do bebê detestar ficar parado muito tempo, começou a chorar incessantemente.
No noticiário, passaram imagens do bombardeio.
O telefone começou a tocar de novo.
A mulher pensava em um milhão de coisas ao mesmo tempo, o mundo tinha desabado na sua cabeça. Ela não sabia o que fazer. Seu irmão e seu filho significavam tudo pra ela.
Essas diversas tragédias acontecem diariamente, com milhares de famílias ao redor do mundo. A Senhora Robinson perdeu seu irmão, mas quantos outros perdem pais, mães, filhos, maridos e esposas diariamente?
Faça paz, não faça guerra.

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* História fictícia.

Contos para dias chuvososWhere stories live. Discover now