Intenções declaradas.

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Olá pessoal! Mais um pedacinho, como eu disse a vocês, por ser maratona os capítulos não terão tamanho definido, mas... pelo menos não deixaremos partes cortada ao meio rs. Vamos lá? Ótima leitura :D


Nunca em toda minha vida tinha conseguido ficar tão vermelha, ele nem gaguejou para falar, apenas disse com toda simplicidade aquilo como se fosse uma coisa natural, então sem conseguir dizer nada eu me virei e andei depressa, era uma coisa nova ser pega de surpresa assim, não sabia se sorria com a lisonja ou se voltava lá e lhe dava mais um tapa na cara só para que nunca mais me deixasse envergonhada daquela forma.

Sorri feito uma tola, não que eu estivesse morrendo de amores por ele, mas era uma experiência diferente alguém te olhar daquela maneira, não te ver como criança e sim como mulher, ainda mais quando não parecia que te via como um objeto sorri novamente e dessa vez pensando em algo além de um tapa.

Ou poderia lhe dar um beijo por ter sido tão galante, mas um bom tapa eu sabia como dava, então essa ideia me pareceu mais fácil na pratica.

Entrei no quarto e já fui tirando a roupa, precisava tomar um banho, mostrar a elas que o sono apenas me fez bem, que não tinha abalado meu emocional ter perdido duas refeições com o príncipe, isso eu mostraria se ele realmente fosse de confiança como dizia André, se ele não estava me enganado para saber tudo de mim para depois levar a historia toda ao pai dele.

Senti um frio no estômago ao pensar nisso.

Calma Diana, como diz Nicolae: Saberei meu destino em breve.

Me troquei rapidamente e escolhi o vestido que mais me caia bem, todos ali foram feitos sob medida, mas sempre tem uma peça que nos dá segurança, então escolhi o vestido turquesa, um modelo mais simples do que eu tinha usado no dia do noivado esse não tinha nenhum bordado era de tecido leve e um pouco transparente, longo e solto da cintura para baixo, totalmente justo na cintura com alças simples e comportado no busto, me olhei no espelho que estava fixado na porta do roupa-roupa e aprovei o que vi.

— Queria tanto saber aonde Rael arruma esses modelos de roupa.

Sei que ele é antigo, mas essas ideias para costura me parece coisa de outra era, amo tudo o que ele manda fazer pra mim, impressionante como ele tem bom gosto, prendi o cabelo com um coque frouxo, mas dessa vez não fui displicente, deixei apenas as mechas que escolhi caírem livremente, peguei as mistura para colorir os lábios, me olhando no espelho continuei falando sozinha.

—Antigamente isso aqui segundo Nicolae viria em uma tubo aonde esse creme seria mais firme e eu poderia fazer ele sair e entrar dentro do tubo.

Maldito tratado dos Párias, revirei os olhos, tanta coisa para os Sombrios escolherem como parte do acordo e foram escolher justamente não viverem na era moderna, destruindo qualquer tipo de vestígios de um passado moderno e isso não ajudou muito eles a fugir da extinção, já a escolha dos Licans de ficar com o resto do mundo destruído os ajuda agora depois de tantas eras passadas.

Meu subconsciente me sussurrou baixo isso. Eles tem algo que os humanos cobiçam, terras, calcei sandálias com a sola muito fina e me levantei me sentindo pronta.

—Não posso me esquecer de perguntar a Nicolae porque escolheram o modo de vida como parte do acordo de paz e não ficar com as terras do mundo como os Licans fizeram.

Toda a conversa da noite me remoía, o que os sombrios poderiam fazer com aquelas informações? E se porventura os Licans pudessem ser avisados disso o que poderia acontecer ao rei Júlio? Era uma coisa interessante de se imaginar e ao mesmo tempo incerta, não fazia ideia de como eram os Licans.

Ao sair do dormitório levei um susto, aquela multidão de garotas reunidas só poderia indicar uma coisa, Tiago me traiu e elas esperavam ansiosas ali para me ver ser arrastadas pelos guardas para a masmorra.

Empinei o nariz e andei como se minha vida não corresse nenhum risco, mas corria, mesmo que não fosse assassinada poderia morrer de infarto ali mesmo de tão nervosa que estava, eu o via, logo a frente, perto do quiosque estava Tiago com um papel na mão, assim que me viu começou.

—Pronto, agora que todas estão aqui quero avisar que decidi diminuir o número de meninas, amei conhecer cada uma de vocês, mas fiz minha escolha dentre as que não servem para ser minha pretendente, as que eu não chamar são as que eu ainda deposito minhas esperanças de ser a mulher a qual pretendo conhecer melhor e quem sabe ainda venha a se tornar minha esposa.

Respirei aliviada, não era multidão para me ver sendo levada presa.

—Ele é galante. Clara falava ao meu ouvido.

Sorri e concordei, mas não era um sorriso verdadeiro, Tiago era mesmo muito galante isso eu não podia discordar, mas depois do ocorrido não podia confiar em ninguém, ela estava na mesa comigo e mais outras nove garotas, uma delas batizou o que eu comia como uma mistura que me daria sono.

Se eu fosse completamente humana aquele bebida poderia ter me feito dormir por dias ou mesmo cair em coma ou até morrido,  e por sorte eu não era . Até mesmo outras garotas poderiam ter posto algum veneno comprando algum servo do harém, todos tem seu preço, e alguém tinha batizado minha refeição.

Então ou era para me matar ou me por a dormir realmente, eu saberia quando Dimitri viesse me visitar, ele saberia me dizer porque eu dormi um dia inteiro como imortal e qual o efeito teria sobre mim se eu fosse completamente humana.

Tiago eliminou quinze meninas das quais Tina estava no meio.

—Agora somos dezoito meninas. Clara falou novamente em meu ouvido, mas eu não queria saber quantas eram, queria saber qual era a real intenção de Clara, se ela realmente era verdadeira quando falava comigo ou queria me matar para me eliminar, então falei o que me veio a cabeça como instinto.

—Depois desse ótimo sono que tive, acho que acordei mais lúcida sobre o que estava perdendo em não investir no príncipe, acho que vou começar a dar mais atenção a ele, não perderei a chance de tentar conquistá-lo se ele vier falar comigo.

Clara sorriu alegre, seus olhos não mudaram e suas feições também não, mas algo em sua risada me deixou com um pé atrás, todos me inspiravam desconfiança, era meu sentido de proteção em ação, ela falou ainda sorrindo.

—Acho que farei o mesmo, já que não fui eliminada de primeira quero ver até onde consigo chegar.

Assim declaramos nossa intenção abertamente e continuamos a falar futilidades, ela parecia a mesma dos primeiros dias, mas a semente da desconfiança já tinha sido plantada dentro de mim, plantada em formato de veneno e eu ia descobrir quem era!

Espero que tenham gostado, e se caso aconteceu me digam o que estão achando e um votinho né :P, Até amanhã malvados e malvadas! Happy Halloween!!

Tratado dos Párias- Príncipe CaçadorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora