Tratado dos Párias- Príncipe Caçador

(Bônus) Dimitri

Gente Olá :D Como esse bônus foi pedido por muitas de vocês eu ofereço de coração a todas vocês! Mas como eu prometi e gosto de ser justa com vocês, eu disse que dedicaria a primeira que pedisse, e foi a Ly, mas não se preocupem a partir de agora sempre estarei dedicando caps as minhas leitoras mais participativas, é por vocês que perco horas de sono, então só love comigo hein! rsrs amo vcs ué, tenho o direito de pedir amor :D PS: Começa na terceira pessoa e depois muda tá.

Tá vamos a brincadeira? sexta, sábado e domingo, um capítulo por dia começando hoje eis o primeiro, beijos meus queridos e ótima leitura!

Nem tinha conseguido ir dormir, tinha uma coisa lhe atormentando, Diana tinha acabado de sair, e ia aproveitar isso para resolver essa dúvida.

Encostou na porta pensativo, sem criar coragem para bater, sua Dianinha sofria, e ele não sabia como fazer as coisas, se lembrou de quando estava no reino humanis o que sentiu ao passar por aquela vila horrorosa da procriação, imaginou ela ali ainda pequena catando lixo, vendo a promiscuidade de sua família, a imaginou sofrendo e tinha se entristecido com isso, mas a ver naquela situação, sendo quase estuprada fazia a dor entrar como agulhas no peito, ela não merecia passar aquilo, já tinha um trauma do passado, havia sido difícil superar o que viu, lhe veio a mente como sempre, o dia que ela falou pela primeira vez depois de tanto medo.

"Mais por favor" ela tinha dito, aquela voz feminina, um pouco rouca e ao mesmo tempo tão melodiosa, havia esperado ansioso escutar sua voz, porque Nicolae esperava, seu irmão ansiava por isso e então ele também ficou curioso.

Sorriu, aprendeu a amar aquela menina de sorriso fácil, tinha ainda inveja de ser Rael seu pai e não ele, a amava tanto que realmente queria que tivesse sido ele a pingar o sangue na mistura, ela nasceu para colorir seus dias cinza, para fazer a espera por sua amada ser menos cansativa, menos... chata.

Dimitri suspirou ainda parado na porta. Quando veria uma aura? Olharia para a mulher e ficaria de quatro por ela porque ela irradiava uma poderosa luz? Era isso? Ou seria uma luz fraca? Como diabos seria essa visão?

Rael havia dito que era uma cor suave e opaca, parecendo uma neblina fina, e só poderia ver usando a força do sigilo em seu coração, mas ele seria ativado assim que a olhasse pela primeira vez.

O que sentiria? Um estalo pelo trincar de seu espelho? Essa conexão seria platônica? Será que sua amada daria tanto trabalho a ele como Diana dava a Nicolae ou Eva a Rael? Balançou a cabeça, não podia tentar adivinhar o que ainda não tinha acontecido, só sabia que não podia escolher, torceu a boca pensativo, do jeito que era azarado ainda veria isso dali uns duzentos anos ou até mais.

Mas conseguiria esperar, se a luz dos seus olhos estivesse ao seu lado, sua bebê, Diana não fazia ideia, mas sua chegada tão quebrada foi a mudança que precisavam, reconstruíram as peças dela, devagar com paciência e seu progresso encheu o coração daqueles três com amor, quatro pois Eva nunca conseguiu engravidar do marido humano e ela tinha Diana como filha.

Era como ver uma criança nascer, foi preciso a ensinar tudo, lapidar as arestas e depois olhar com orgulho para sua joia mais preciosa, era assim que ele a via, se sentia cruel ao pensar isso, mas agradecia a sagrada providência de ter mandado ela do jeito que veio, com todos seus medos e experiências ruins.

Sua personalidade foi moldada por superação, apenas se ressentia por Nicolae, ele sofria em silêncio, não conseguia entender esses seus irmãos, tão apaixonados e tão altruístas, não entendia essa paciência toda deles, se fosse com ele já teria atacado há muito tempo, agarrado a amada e reclamado posse, e que dane-se as regras, era dele e pronto.

— Claro! Um Rael imaginário falou em sua cabeça.— Do jeito que você é idiota, faria exatamente assim.

Levantou os ombros marotamente para o Rael imaginário, mas riu, conhecia tão bem o irmão que até sabia a resposta que ele daria.