Capitulo 26

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Li me beijou quase como se nunca mais quisesse e largar, eu? Eu não reclamei, quando os lábios de Li se encostaram nos meus todo o meu corpo despertou, parecia que eu tinha ficado quase dois meses submerso no gelo e Li estava agora me aquecendo. Não estava com vergonha, queria apenas Li e eu acho que foi por isso que ele parou minha mão quando ela já estava a ponto de entrar na calça dele. Senti o sorriso de Li quando eu aprofundei o beijo. Mas eu queria mais que um simples beijo, muito mais. Queria me perder em ondas e mais ondas de prazer que apenas o corpo de Li me proporcionava. Seus braços longos e fortes estavam ao redor da minha cintura, mesmo com toda a vergonha eu podia sentir o membro de Li rígido friccionando-se em minha coxa. Enterrei minhas mãos em seus cabelos negros e lisos e puxei ele um pouco mais para perto, agora que eu tinha Li em meus braços novamente eu não queria solta-lo nunca mais, mas para o meu desprazer Li parou o beijo e se afastou um pouco de mim.

Heitor estava virado de costas pra mim, mas mesmo assim eu conseguia ver que seus ombros estavam rígidos e tensionados. Por mais que eu gostasse de ficar agarrado em Li eu tinha que agradecer Heitor por não me deixar enlouquecer nas semanas que Li não estava perto de mim. Caminhei até onde ele estava parado e coloquei a minha mão em sua costa larga e pude sentir o quanto seus músculos estavam tensionados.

- Heitor - Minha voz saiu quebrada e eu não sabia por que, ele não se virou eu que tive que contorna-lo e ficar de frente para ele, mas Heitor não olhou para mim, ele estava de olhos fechados e com a cabeça abaixada - Heitor!?

Ele não respondeu, mas eu vi ele mexer o nariz de um lado para outro e seu lábio inferior ser capturado pelos dentes. Peguei na mão dele, que estava formada em uma bola apertada, abri a porta e puxei ele. Teria sido melhor eu ter puxado um caminhão de carga do que Heitor, pelo menos o caminhão se mexeria. Heitor ficou parado igual a uma estatua. Me aproximei novamente dele e sussurrei um por favor bem baixinho e puxei novamente. Dessa vez ele veio comigo. Fechei a porta quando nós já estávamos na rua e quase instantaneamente os braços dele estavam ao meu redor.

- Por favor Christy-Ann não me deixe - Ele enterrou a cabeça na curva de meu pescoço e disse essas palavras - Namore com ele, mas não me deixe.

- Quem falou que eu vou te deixar, Heitor? - Subia e descia minhas mãos na costa dele, nunca tinha visto Heitor tão fragilizado. E olha que eu conhecia ele um pouco mais de dois meses - Como eu poderia simplesmente te abandonar

- Eu sei que você vai, Christy-Ann - Ele me abraçou mais apertado, suas mãos ficavam massageando a área um pouco acima de minha bunda - Eu sei que esse dai não gosta de mim.

- Mas eu gosto - Peguei seu rosto que estava em meu ombro e forcei-o a me encarar - Nada e ninguém vai fazer eu parar de gostar de você Heitor.

- Por favor Chrity-Ann não me prometa algo que não poderá cumprir - Ele enterrou sua cabeça mais uma vez na curva de meu pescoço, só que dessa vez eu senti seus lábios quentes e húmidos em minha pele. Travei e quase imediatamente ele parou e tirou seus braços que me rodeavam - Viu? Já começou, você já está dominado por ele.

- Começou o que, Heitor? - Ainda podia sentir o fantasma de seus lábios em minha pele e estava .... gostando daquilo, balançei a minha cabeça para ver se aquele sensação maluca desaparecia, mas ela não foi. Continuou ali - Eu amo o Li e eu deixei bem claro isso quando conheci você.

- E você acha que eu não sei? - O sarcasmo era evidente em sua voz, destruindo toda e qualquer felicidade que pudesse existir ali - Era a única coisa que você falava: Li isso, Li aquilo. Ahgr!

- Se você não quisesse ouvi minhas reclamações não me abrigasse em sua casa - Minha voz sempre tinha um toque rouco e quando eu tentava falar mais alto ela falhava e foi isso que aconteceu. Começei bem, mas quase no fim da frase apenas minha boca se mexia, estava sem voz - Você sabia muito bem que eu estava magoado e triste.

AbrigoWhere stories live. Discover now