Capitulo 30

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- Você tem certeza, Christy-Ann? - Ele afrouxou um pouco o aperto na minha cintura, minhas pernas ainda estavam ao redor da sua. Enquanto ele pensava e tentava agir de maneira cavalheira eu estava distribuindo beijos por toda a extensão de seu pescoço. Meus dedos brincavam com a sua orelha desenhando pequenos círculos nela - Porra, garoto! Você quer que eu transe com você aqui na rua? Por que eu juro que eu vou fazer isso se você continuar com essas suas provocações.

- Por que me chama de garoto? - Resolvi aparentar ter ouvido sua pergunta mais do que audível - Você só é mais velho que eu três anos! E olha que eu tenho 21.

-Você parece um garoto, Christy-Ann.

- É, tem razão - Sorri quando senti seus dedos descerem um pouco mais pra baixo, pra baixo da minha calça, pra baixo da minha cueca tocando a minha pele - Não aparento ter a idade que possuo.

- Eu quero te possuir.

Se antes tudo ao nosso redor estava fino e estável quase como vidro agora estava completamente ao contrario, forte e resistente como concreto. Um vestígio daquela minha vergonha anterior tentou se apossar de meu corpo, mas não, não agora quando eu já estava mais do que consciente de que merecia ser feliz, de que não poderia abaixar a minha cabeça e apenas disser sim senhor ou não senhor. Eu tinha pensamento próprio e queria usa-lo, do mesmo jeito que eu usava quando fazia parte da banda. Heitor me olhava de uma maneira estranha, eu tinha que disser para ele que quando ficava muito tempo sem falar não queria disser que eu estava hesitante, ao contrario disso, estava mais do que disposto a me entregar para ele também.

- Eu sou seu.

Foi tudo que eu consegui disser antes que sua boca esmagasse a minha, sua língua exigente convidava a minha para bailar, primeiro uma dança lenta que só nossas línguas conseguiam fazer, depois ficou mais avido, necessitado, primitivo. Meu peito estava comprimido devido a falta de ar, mas eu não estava nem ligando, respirava o que Heitor inspirava e ele a mesma coisa. Estávamos presos em um circulo vicioso que nenhum de nós queria sair, nem por um segundo sequer.

Senti Heitor se mexendo e segundos depois eu já estava dentro da academia, o cheiro de suor, metal e coisa molhada enchia o ar e eu pensei que nada poderia ter um cheiro melhor. Parecia que nosso beijo não teria um fim nunca, meu corpo todo já estava quente, meu sangue corria freneticamente pelo meu corpo e meu membro duro latejava na minha calça querendo liberdade. Heitor não ficava atrás, minhas mãos calosas corriam por aquelas montanhas que ele chamava de músculos, nossas mãos não saiam de contato com os nossos corpos. Suas mãos foram descendo até finalmente pararem na barra de minha camisa. Quando pensei que ele iria continuar a descida até chegar no zíper da minha calça e liberta a minha ereção ele me surpreendeu rasgando a minha camisa. Meu cérebro, que já estava com pouco oxigênio, demorou um pouco para registrar que o som de rasgão veio de minha camisa. Mas invés de me assustar como certamente eu faria se fosse em outro tempo, eu não fiquei. Na verdade eu fiquei foi extremamente excitado.

Ele pegou as minhas pernas e tirou-as da sua cintura, agora minha pernas estavam sendo sustentadas por seus poderosos braços. Nosso beijo ainda continuava sem interrupção. Algum tempo depois dessa nova situação que eu me encontrava meu centro gravitacional mudou, uma hora eu estava na horizontal e na outra eu estava na vertical. Heitor não tinha rasgado toda a minha camisa, só a parte da frente formando assim um casaco improvisado e bem feio. Foi só depois de me deitar na proteção que tinha no chão das aulas de luta que Heitor parou o beijo e quando ele se meteu no meio das minhas pernas eu vi o quão gostoso ele era. Seu poderoso peito subia e descia descompassadamente e seus lábios estavam vermelhos e inchados. Apenas seus lábios abandonaram os meus, mas suas mãos ainda estavam no meu corpo. Mais especificamente no zíper de minha calça. Mais especificamente ainda abrindo o zíper de minha calça.

AbrigoWhere stories live. Discover now